quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
É NATAL
FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE REALIZAÇÕES, QUE A PROTEÇÃO DO SENHOR JESUS ESTEJA SEMPRE SOBRE NÓS E A SUA PAZ SEJA NOSSO ESCUDO TODO DIA.
São os votos de todos que fazem a Associação de agricultores turismo e cultura de Serra dos Bois, a todos sócios e amigos.
Nossa Origem
Em destaque, o vaqueiro Bento Barbosa o melhor da região com seu sobrinho Daniel
Tramita no
Congresso Nacional projeto de lei estabelecendo que para se registrar um fato
histórico é preciso possuir o diploma de Historiador. Como não pretendo fazer
esse curso, que é um dos mias importantes, procurarei ser rápido e ligeiro para
contar a História de Serra dos Bois, partindo de um ponto de vista estritamente
oral, que me passaram meus ilustres conterrâneos, sem a preocupação de buscar
documentos que comprovem tais fatos. Afinal, apalavra viva que deixaram nossos
ancestrais é mais que suficiente para o registro de um povo e suas tradições.
Bem antes da
implantação da República Serra dos Bois já era povoada. É que Ludugero Aleixo
da Cunha Porto e seus irmãos ali fixaram residências e criaram seus filhos.
Especialmente Ludugero e Aleixo Porto, deixaram muitos descendentes que até
hoje povoam este lugar tão gostoso de viver; um lugar cheio de belezas naturais
e de história. Afinal, Antônio Silvino e seus capangas faziam do serrote de Mãe
Zita, sua morada ou esconderijo, hoje, conhecido como “Rota do Cangaço”.
Ludugero
Aleixo da Cunha Porto foi casado com Zita. Tiveram os seguintes filhos:
Bernadino, Lina, Francisca, Manoel, Otília, Maximiano, Aleixo, Josefa, Floro e
Abdias. Tio Bernadino se casou e foi morou no sítio Serra Verde, município de
Boqueirão. Sua família, hoje, reside no município de Taquaritinga do Norte. Tia
Lina se casou com seu João Joca, morador do sítio Gavião, município de Frei
Miguelinho, não teve filhos e passou o resto de sua vida em Serra dos Bois, com
sua irmã Josefa (tia Zefinha).
Tia Francisca se casou com seu Amaro França e formou
a Família França composto por: Luiz França; Ludugero França, João França, Maria
França, Zita França, Zuzinha França, Ana França e Doralice França.
Manoel
Ludugero se casou com dona Aurea e morou sempre em Serra dos Bois. Foi um bom
pai e teve muitos filhos. A maioria deles foi morar na Zona Canavieira; somente
Adélia e Native fixaram residência em Serra dos Bois.
Otília se
casou com Ananias Idelfonso de Queiroz, morador do sítio Gravatá Mor, de São
João do Cariri. Este casal construiu o núcleo da Família Farias em Serra dos
Bois: Hermes Ludugero de Farias, Manoel Ludugero de Farias, Lindolfo Ludugero
de Farias, José Ananias de Farias, Maria Lieta de Farias e Antônio Ananias de
Farias. Somente Antônio Ananias de Farias fixou residência na cidade do Rio de
Janeiro e é pai de Joel Antônio de Farias.
Maximiano
Aleixo nasceu em Serra dos Bois, porém foi morar em Caruaru e teve os seguintes
filhos Aluísio, João e Carlinda.
Aleixo foi morar em Caruaru e se casou com tia
Ernestina, pessoa quito querida de todos de Serra dos Bois. Tio Aleixo e tia
Ernestina tiveram muitos filhos; todos naturais de Caruaru, terra do Coronel
Ludugero, que não tem nenhuma relação com Ludugero da Cunha Porto.
Josefa, carinhosamente
chamada de tia Zefinha nasceu e morreu em Serra dos Bois. Era uma pessoa
extremamente católica e nunca se casou.
Floro Ludugero
da Cunha Porto se casou com tia Nina Duda e moraram muitos anos por cidades
vizinhas e também foi carreiro na Zona da Mata Pernambucana, mas terminaram
seus dias em Serra dos Bois, deixando Jorge seu filho, pessoa muito querida por
todos em Serra dos Bois. Jorge é um esteio em Serra dos Bois e construiu com
sua esposa Eva, filha de Ludugero França e Maria uma família sólida em Serra
dos Bois.
Abdias
Ludugero se casou com Maria Aragão, tia Lili e teve muitos filhos. Sendo que
somente Maria nunca quis sair de Serra dos Bois. Os demais moram na cidade do
Rio de Janeiro, Caruaru e Alcantil.
A raiz da
família de Serra dos Bois tem também os Lino: Joaquim Lino, pai de Aleixo
Joaquim, João, Manoel, Bibiana, Josefa e Sancha. Aleixo Joaquim se casou com
dona Maria, filha de seu Ananias Marcos, grande vaqueiro paraibano, que residia
na fazenda Carro Quebrado, município de São João do Cariri, PB. Aleixo Joaquim e
dona Maria, tiveram os seguintes filhos: Joaquim Lino Castro Neto, nosso
querido Padre Joaquim, Raquel, José de Castro, Zé Pequeno, Maria e Raimunda. Manoel
Joaquim foi casado com Maria de Aleixo Chico e teve um filho, José Joaquim,
hoje, morador de Gravatá do Ibiapina, casado com sua prima Maria de Julia,
esposa de Zé Pereira, nosso eterno vereador. Bibiana, Josefa e Sancha não
deixaram descendentes, embora Sancha tenha se casado com Pedro Lino e Zefinha
foi casada com o senhor Ricardo.
Sempre me
causou curiosidade a origem de uma personalidade muito falada em Serra dos
Bois: Tinuto. Acontece que sabia nada a seu respeito. E, uma agradável surpresa
quando Apolônio Aleixo, filho de Pedro Aleixo, do sítio Tanque Raso, Boqueirão,
PB, me confirmou que Tinuto era irmão de Ludugero da Cunha Porto, juntamente
com Pedro Aleixo e Ricardo Aleixo, esse morador do Riacho de Santo Antônio.
Tinuto deixou filhos, embora não possamos até o presente momento saber mais
detalhes a respeito de sua vida.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Zé França, o nosso Zé
Zé França é o primeiro a direita do monitor
José de França
Pontes, Zé França é uma das pessoas mais queridas de Serra dos Bois. Existe um
ditado, entre nós de Serra dos Bois, que Zé França e angu não faz mal a
ninguém. Fato é que nunca se soube de alguém que morreu por ter comido angu com
leite. Zé França é filho de seu Amaro França e tia Francisca, tia neném.
Fazendo parte da família França. Ele se casou com Severina Aragão, tia Bia,
como nós nos habituamos a chama-la. Teve um filho, Adão, que é casado e mora
também em Serra dos Bois. Nosso querido Zé França sempre teve preso ao
trabalho. Poucas vezes ia à feira, pois preferia ficar limpando o roçado ou
fazendo uma carvoeira. Gostava de criar gado, cabras e ovelhas. No início da
vida construiu uma casa perto do açudinho e, com o passar do tempo, mudou-se
para casa de pai Aleixo, para cuidar dos sogros, Aleixo Chico e Esmera.
Muito difícil
falar de Zé França porque ele não possui defeito, foi pouco namorador e não fez
nada de errado na vida. Apenas, contam que certa noite ele chegou a sua casa
muito assustado por ter presenciado uma alma no corredor de Pedro Lino. Sempre
calado, pouco se sabendo quando ele estar com raiva ou apenas calado. Embora,
um sorriso sempre sai. Ele sempre se apresenta muito educado para com as
crianças, afinal tem muitos afilhados e com os adultos também. É uma pessoa
servidora e só nasceu para fazer o bem. Católico praticante e nunca reclama das
adversidades da vida.
Zé França é
uma das pessoas de Serra dos Bois que merece o maior respeito e admiração. Ele
é parte de uma história de um povo que nasceu para brilhar e pautar sempre no
caminho do bem. Parabéns Serra dos Bois por ter como filho meu amigo José de
França Pontes – Zé França.
Por: Antônio
Martins de Farias
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Contos: A cabra fuxiqueira
Cabeluda era uma
cabra fuxiqueira. Ela era uma cabra boa de leite, dava de cinco a dez litros de
leite por dia. Só que não deixava as suas companheiras em paz. Era um leva e
traz daqueles. Toda noite tinha um quiproquó danado, porque Cabeluda chegava da
serra e contava tudo que viu e o que não viu em relação às outras cabras. Uma
vez, por exemplo, ela acusou Môchinha, uma cabra séria e muito respeitada na
comunidade dos bodes, de ter se envolvido com um bode de Severino Arruda. Ora,
todas as cabras sabiam que a fazenda Boa Vista faz divisa com a do Açude Novo;
sendo comum encontro de bodes e cabras de outras localidades. Mesmo assim
jamais se poderia acusar Môchinha de trair seu Pai de Chiqueiro, Mirinó; bode
que veio da Paraíba, com fama de bom de papo e de cavanhaque cheiroso.
No mundo dos bodes
não predomina a monogamia, assim sendo, um bode pode ter quantas cabras quanto quiser,
mas as cabras só podem ter um Pai de
Chiqueiro ou bode. Até no mundo dos caprinos há discriminação e preconceito, como na sociedade dos homens.
Chiqueiro ou bode. Até no mundo dos caprinos há discriminação e preconceito, como na sociedade dos homens.
Tinha noite
ninguém dormiu e nem remoía os caroços de imbu que se comia durante o dia na
Serra Lavrada e na Serra de Manoel Manso. No fim da tarde as cabras ficavam no
Riacho da Janela comendo quixaba e só no inicio da noite é que iam para o
chiqueiro. Não andavam em bandos. Primeiro ia uma e depois outra, até todas se
reunirem no terreiro, para bater um papo e por as conversa em dia, ocasião que Cabeluda,
a cabra fofoqueira, aproveitava para levantar falso em relação às outras. Ela,
geralmente, implicava com as cabras mais velhas. Só que tinha Cabra de Canga
que logo tomava as dores e lhe aplicava logo um par de chifres e Cabeluda
corria para o curral, na esperança do bode lhe proteger. A briga das cabras
formava um espetáculo a parte, quando um quadrúpede virava bípede e tacava o
chifre uma na outra. De vez em quando os chifres se enrolavam e elas rolavam
pelo chão. O Conselho das Cabras foi convocado e teve uma reunião
extraordinária, na sede social, que ficava no Roçado da Janela. A sede era uma
laje de pedra que ficava perto do riacho. As cabras reunidas decidiram que se
Cabeluda, a cabra fuxiqueira, não parasse com as fofocas, todas iam mudar o
destino de pastagem. Trocariam a manga de seu Oliveira pelo o serrote do
Papagaio, pelo menos lá, se juntavam às cabras de Luiz França, estas não faziam
fofoca, a não ser, de vez em quando, comer a palma do roçado de Seu João
Borges.
Coisas do
destino, porém mudaram todo o rumo, pois a cabra Cabeluda foi vendida para seu
Elias Marcos, de Pedra Preta, que lhe vendeu na feira de Santa Cruz do
Capibaribe. Deixando, assim, Cabeluda, a cabra fuxiqueira, de perturbar as
cabras que não gostavam de fuxico. Diga-se que a venda de Cabeluda provocou uma
tristeza profunda no mundo das cabras. Nunca mais o chiqueiro foi o mesmo sem a
cabra Cabeluda.
Por: Antonio Martins de farias.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
A GUERREIRA EMILIA MARTINS DE FARIAS
Da esquerda para a direita, Doralice, Carlinda, Bernardina, dona Emília, Zita e Claudeci
Antonio Martins, e seus primos
Emília Martins de Farias, nascida
na vila de Gravatá do Ibiapina. Filha de Franklin Procópio da Cunha e Bernadina
Martins da Cunha. A casa onde ela nasceu era tão simples, como as pedras do
morro que envolve Gravata. As muralhas de pedra das serras trouxeram para
Emília a dureza e a coragem de lutar por tudo.
Conta-nos que sua mãe lhe ensinou
a ler e a escrever, usando como caderno as areias do riacho, pois não tinha
papel. E Emília sempre preservou o gosto pela leitura e pela informação. Daí
sua lucidez ao completar 90 anos de vida.
A vida de Emília nunca foi fácil.
Desde sua infância em Gravatá do Ibiapina até os dias de hoje. Assim, ela
abraçou Serra dos Bois como sua morada ao decidir se casar com Hermes Ludugero
de Farias, homem honesto e um verdadeiro embaixador. É que seu esposo gostava
muito de viajar e fazer amigos. Nossa casa estava sempre cheia de gente de
todos os lugares. Hermes fazia amizade com tudo mundo, não tendo, graças a
Deus, qualquer tipo de preconceito. Nosso pai era um exímio pesquisador de
parentes. Ele descobria parentes em todo nordeste. Se alguém precisava saber
sua origem bastava perguntar que Hermes ia descobrir.
Uma vez Hermes conheceu um irmão
de um cangaceiro em São João do Cariri, PB. Este senhor era barbeiro na cidade
dos Gaudêncio e incumbiu meu pai de encontrar seu irmão que se encontrava em
Pernambuco. Hermes procurou e encontrou o tal cangaceiro, que era policial em
Santa Cruz do Capibaribe e promoveu o encontro dos dois no Hotel de Dona Maria
Duda, ponto de encontro dos sertanejos, na terra da Sulanca. Nesta conversa foi
atribuída outra missão a Hermes: adquirir um rifle dos que os cangaceiros
usavam e meu pai conseguiu e, quem deu o primeiro tiro com este rifle foi o
Geraldo Francisco Barbosa, grande amigo da gente.
Assim, escrever sobre Emília só é
possível se incluir a história de Hermes, seu esposo durante muitos anos e até
no presente momento, pois ele, agora, onde estiver haverá de estar feliz e
muito contente com a família que construíram juntos.
Este casal, ainda jovem foi morar
em Serra dos Bois e tiveram seis filhos, Ananias, Bernadina, nossa querida
Dina, e Paulo; e o casal de gêmeos Antônio e Maria e caçula Carlinda.
Infelizmente, hoje, só contamos com Dina, Maria, Antônio e Carlinda. Iniciaram
sua morada no Serrote do Urubu, uma casa que pertencia a seu Zé Ramos,
percussor da família Ramos de Serra dos Bois. Poucos anos depois construíram
uma casa perto da casa de nossa querida vó, Otília.
No final da década de 50, a família
se mudou para a casa que ainda hoje é a residência da família de Emília.
Ainda na adolescência Ananias
faleceu e, há poucos anos, perdemos também a convivência com nosso Paulo. Há
que se acrescentar que nossa família está com muita saudade de nosso querido
Luiz, de Hermes, de Paulo, de Ananias e de nossa a querida vó. Sem nossa vó, nossas
vidas não teria graça. A vida é assim: uns vão outros ficam e cada um vai
construindo seu patrimônio de saudade.
Mamãe, sempre foi uma mulher
muito corajosa e disposta a qualquer luta. Ela não enjeitava trabalho. Limpava
mato, barreiro, cortava lenha, fazia farinha e carregava água na cabeça. Fez
tudo que a mulher nordestina fez. Exemplo claro de que a mulher do campo não é
fraca e coitada.
Nós, seus filhos temos muita honra
e amor por nossa mãe. Ela nunca nos abandonou, esteve sempre de nosso lado. Era
enérgica, talvez com um exagero de zelo nos criou. Somos felizes e não temos
palavras para agradecer o bem que ela nos fez e fará. Cumpre-nos seguir o seu
exemplo de mulher forte, honesta e de coragem, parabéns que Deus lhe der muita
saúde e multiplique seus dias de vida, assim definiu Geraldinho,
comadre Emília, um exemplo de vida e cidadania!
Por: Antonio Martins:
Por: Antonio Martins:
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Missa e festa do vaqueiro
A segunda edição da festa do vaqueiro em Serra dos Bois
repetiu o sucesso da primeira e superou as expectativas, um publico acima do
esperado visitou nossa comunidade durante todo dia para assistir as competições
de corrida de jerico e torneio de cavalo machador com premiação do primeiro ao
quarto colocado. Logo após, aconteceu a cavalgada puxada pelos poetas Joãozinho aboiador, Doutor Américo, Vando Duda
e Geraldinho, que durante uma hora e
meia, animaram todo percurso e através
de versos e toadas agradeceram aos
vaqueiros participantes e lembraram a importância de se preservar a cultura e a
historia do nosso povo. As dezoito horas foi celebrada a santa missa presidida
pelo padre Joaquim Lino de Castro Neto,
nascido na comunidade, filho de dona
Maria Ananias e Aleixo Joaquim, um dos
maiores vaqueiros do nordeste, ao final da celebração, alguns cidadãos foram
homenageados pela importante
contribuição desempenhada na comunidade ao longo dos anos, os
senhores Manoel Barbosa Camelo, Enrique
de Melo, Gabriel Pereira, Renato Arruda
e o padre Joaquim, receberam troféus em um momento de muita emoção, o vaqueiro do gibão mais caracterizado, o
mais novo, o mais velho e o que veio de mais longe montado em seu animal,
também receberam troféus e ficaram super
alegres prometendo voltar no próximo ano. As vinte e duas horas a banda
forrozão do bardigão subiu ao palco e deu um show de forró que sacudiu a galera, o cantor bardigão que é natural de
Taquaritinga levou muita alegria e
descontração aos dançarinos que não pararam de dançar um só instante, Bardigão ao descer do palco, foi muito
elogiado e as fãs aproveitaram o momento para tirarem fotos ao seu lado, um
artista que vem mostrando competência e
conquistando seu espaço na região. Uma
hora da manhã, foi a vez de Bidinga do acordeom da o seu show que dispensa comentários e mais uma vez levou
a multidão ao delírio, cerca de quatro mil pessoas participaram do evento
superando o publico do ano passado. Este
evento é uma ação da prefeitura de Taquaritinga do norte em parceria com a
Associação dos agricultores de Serra dos Bois, com o intuito de interiorizar as
ações e fortalecer o turismo também na zona rural do município, a rota do
cangaço, é mais um atrativo turístico na nossa querida Dália da serra. Nós agradecemos a todos que
participaram e colaboraram direto ou indiretamente com nosso evento, desejamos
muita paz saúde e amônia em seus lares e contamos com vocês em dois mil e treze, um forte
abraço dos coordenadores: Claudio
Barbosa Valdelice Granjeiro e Geraldinho. Confira algumas imagens:
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Segunda edição da festa do vaqueiro em Serra dos Bois
No último sábado (10) a comunidade de Serra dos Bois, município de Taquaritinga do Norte, foi palco da segunda edição da festa do vaqueiro. Uma realização do Governo Municipal através da Secretaria de Turismo, Esportes, Cultura e Desenvolvimento Econômico, junto com a Associação dos Agricultores de Serra dos Bois e comerciantes.
Foi um dia inteiro de festa na comunidade com o objetivo de resgatar a cultura do vaqueiro e preservar as riquezas históricas da localidade que foi batizada como Rota do Cangaço, fortalecendo assim, o turismo rural da Dália da Serra.
Confiram algumas imagens da festa:
texto: Enrique Figueiroa.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
II missa e festa do vaqueiro
É sábado dia dez de novembro, segunda missa e festa do vaqueiro, em Serra dos bois de Taquaritinga do Norte, tudo começa as horas: 15 com corrida de jericos duzentos reais na premiação do primeiro ao quarto colocado, depois prossição cavalgada, missa campal, show de prêmios, encontro de aboios e toadas e muito forró com, forrozão do Bardigão e Bidinga do acordeon, participe valorize a nossa cultura e ajude a preservar a nossa historia.
Um outro olhar
A caibera da beira do grotão
de amarelo, ficou toda florada Sua sombra ficou amarelada Um tapete de pétalas no chão. A Caibera enfeita o Sertão Dando vida a vida tão sofrida Uma vida cansada e mal vivida de um povo que vive pra lutar A caibera florada vem nos dar a visão de uma vida colorida
Pescado no Diário da sulanca.
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012
NAÇÃO CALABAR FAZ BARBA CABELO E BIGODE
ELEIÇÃO 2012- Taquaritinga do Norte
Evilásio Araújo é reconduzido á prefeitura
Com 52,75% dos votos válidos, Evilásio Araújo (PSB) volta a governar a Dália da Serra a partir de janeiro de 2013. Ele venceu o Petista Milton Cícero que chegou aos 42,82% dos votos e o vereador Demir (PMDB) que obteve 4,41%.
Resultado final:
Evilásio Araújo (PSB)- 8.281 votos
Milton Cícero (PT)- 6.725 votos
Demir (PMDB) 693 votos
VEREADORES ELEITOS
Nova Situação
Rogéria (PV) 984 votos
Lukinha (PSB) 953 votos
Batata (PTB) 823 votos
Geovane (PSB) 775 votos
Eraldo (PSB) 772 votos
Gilson Carlos (PTN) 655 votos
Ronaldo Veiga (PV) 619 votos
Oposição
Janio Arruda (PSD) 1.295 votos
João da Banda (PSDB) 765 votos
Demar (PSDB) 724 votos
Cíntia (PSDB) 554 votos
Fonte:Dalia Net
ELEIÇÃO 2012- Taquaritinga do Norte
Evilásio Araújo é reconduzido á prefeitura
Com 52,75% dos votos válidos, Evilásio Araújo (PSB) volta a governar a Dália da Serra a partir de janeiro de 2013. Ele venceu o Petista Milton Cícero que chegou aos 42,82% dos votos e o vereador Demir (PMDB) que obteve 4,41%.
Resultado final:
Evilásio Araújo (PSB)- 8.281 votos
Milton Cícero (PT)- 6.725 votos
Demir (PMDB) 693 votos
VEREADORES ELEITOS
Nova Situação
Rogéria (PV) 984 votos
Lukinha (PSB) 953 votos
Batata (PTB) 823 votos
Geovane (PSB) 775 votos
Eraldo (PSB) 772 votos
Gilson Carlos (PTN) 655 votos
Ronaldo Veiga (PV) 619 votos
Oposição
Janio Arruda (PSD) 1.295 votos
João da Banda (PSDB) 765 votos
Demar (PSDB) 724 votos
Cíntia (PSDB) 554 votos
Fonte:Dalia Net
O CARIRI AGORA TEM SEU REPRESENTANTE
O CARIRI AGORA TEM SEU REPRESENTANTE
O cariri se uniu e mostrou força e elegeu Eraldo da Pedra Preta Vereador, Eraldo durante todo sua vida ajudou a população daquela área e também de Taquaritinga, Eraldo sempre apoiou como cabo eleitoral Rogéria de Zeca, e agora virou colega de Câmara da Vereadora, para muitos Eraldo foi uma surpresa, mais ele foi comendo pelas beiradas e chegou bonito, Parabéns Cariri agora vocês tem uma voz na Câmara Municipal.
Fonte: Dália net
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Segunda missa e festa do vaqueiro
Vem aí, a segunda missa e festa do vaqueiro em Serra dos
Bois, Taquaritinga do Norte Pernambuco, dia dez de Novembro, após a missa,
teremos festival de prêmios e depois muito forró com, forrozão do Bardigão e
Bidinga do acordeom. Muita fé alegria e gente bonita, não fique fora dessa.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Encantos de Serra dos Bois.
Seja no
inverno, no verão, no outono ou primavera, passear pelos recantos e encantos de
Serra dos Bois e adjacências tem seu preço: bons momentos de alegria e
aprendizado sobre o meio ambiente e um povo hospitaleiro e de uma sinceridade e
honestidade inigualável.
Primeiro
pediremos licença para adentramos a fazenda Açude Novo. Lá, vamos visitar a
Serra Lavrada. No topo daquela serra existe uma sequência de cores nas pedras, marcando, talvez, notícias da
ancestralidade de vários povos. A Serra Lavrada, de um lado, pertencia ou
pertence ainda às Noventas. “Noventas” representa um trecho de terra cujas
medidas equivalem noventa braças de largura, medida utilizada pelo sertanejo
para medir as terras de suas propriedades. As “Noventas” faz divisa com o sítio
das Barrocas, de seu João Borges e com as terras do Jerimum. Ou ainda, com a
Serra dos Bois, a qual nossos vizinhos mais antigos a chamavam de Serra dos
Aleixos. Tal apelido é devido a nossa ancestralidade ou família Aleixo, que
formou os primeiros moradores de Serra dos Bois. Há também uma variedade enorme
de arvores e plantas; como angico, jurema, catingueira, marmeleiro, imburana,
facheiro, lastrado, urtiga e favela; caroá, para se fazer corda, e muitas
outras espécies. Sem esquecer-se de nossa macambira, da cana de macaco e do
coco catolé. Pedras e locas param brincar de se esconder e curtir a felicidade.
Tem também muitos pés de imbu que alimenta as cabras e os jabotis. Encontram-se
também muitos caramujos de várias cores e tamanho.
Descendo para
o lado da serra de Manoel Manso, vamos encontrar o Olho d’água, antiga cacimba
que nossos antepassados fizeram para amenizar os efeitos da seca. Lá, muitos
caçadores e cangaceiros, fizeram tocaia para matar arribaçã, juritis, rolinha
cascavel e outras espécies de aves, tempo que não combina com os tempos atuais.
Mesmo assim não podemos condená-los, pois eles não sabiam das consequências.
Condenar o passado, sem dar-lhe o direito de se defender é um crime grave
também.
À noite, um
verdadeiro espetáculo, ver a lua cheia e ouvir o tric, tric dos grilos, o som
do vento e o barulho dos galhos das árvores se tocando, como se fosse um casal
de namorados apaixonados se tocando e sentindo em seu corpo a felicidade que só
o amor é capaz de proporcionar.
Vale a pena ir
a Serra dos Bois e visitar a Serra Lavrada.
Antônio Martins de Farias
sábado, 25 de agosto de 2012
Coluna reflexão
SÁBADO, 25 DE AGOSTO DE 2012
por : Marcos Pontes
Todos nós sabemos do significado e conceito de zona rural (CAMPO), e principalmente da importância dessa região não urbanizada e destinada a atividade de agricultura e pecuária, o homem do campo tem um papel muito importante no contexto social, pois é de lá que é extraído os alimentos para toda a população e é com essa consciência que a gestão de Evilasio e lero tem dado um apoio: técnico, logístico e social nunca antes visto nessa região.
Com uma equipe liderada pelo secretário de agricultura e pecuária Júlio César, que tem na determinação e organização seu ponto forte o governo municipal através das parcerias com: IPA, SENAR, CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS, MDA (ministério do desenvolvimento agrário), PRORURAL, e os bancos do BRASIL E DO NORDESTE, está trazendo muitos benefícios que está mudando profundamente a qualidade de vida da população dessa região. Baseada principalmente na agricultura familiar que é o cultivo de terra realizado por pequenos proprietários rurais tendo como base a mão de obra essencialmente no núcleo familiar, as ações vão desde:
ARAÇÃO DE TERRA E DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES :Em parceria com o IPA são cedidas 500 horas de maquina para a aração de terra e depois distribuídas as sementes para que os agricultores possam plantar as lavouras de milho e feijão.
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE TERRA: feito em parceria com o sindicato dos trabalhadores rurais de Taquaritinga do Norte onde no Brasil a estrutura fundiária compreende que 1% dos proprietários detém 50% das terras, portanto num país de latifúndios esse programa do governo vem mudando essa realidade pelo menos em Taquaritinga onde através do credito fundiário 63 famílias já foram assentadas gratuitamente.
PROGRAMA FOME ZERO ANIMAL: onde os agricultores tiveram a aquisição de ensiladeiras para a confecção de silos na técnica de armazenamento e forragem para o período de estiagem.
PROGRAMA DE BARRAGEM PARA O CAMPO: em parceria com o (SARA),a administração de Evilasio e lero conseguiu em 2011, 700 horas de maquina onde foram construídas 17 barragens além de barreiros e para 2012,foram disponibilizadas mais 1200 horas de máquinas nas quais 1000 horas já foram utilizadas na construção de mais 22 barragens totalizando assim 39 barragens para a população rural.
PROGRAMA DE MERENDA ESCOLAR: o prefeito evilasio tem dado através da secretaria de agricultura e pecuária a assistência técnica desde 2011 para o programa de fornecimento da merenda escolar através do PENAE onde os agricultores da cidade fazem o fornecimento de carne de galinha. Bode, boi, além de hortaliças, bananas, e com o reconhecimento da boa qualidade do alimento o programa foi ampliado em 2012 para quase o dobro.
APOIO AO CAFÉ ORGANICO: o governo municipal através da secretaria de agricultura e de parcerias vem fortalecendo e valorizando o café orgânico do município na região e em todo o Brasil.
QUALIFICAÇÃO DO HOMEM DO CAMPO: em parceria com o SENAR(serviço nacional de ensino rural),tem sido aplicado vários cursos com certificado de: TRATORISTA, APICULTURA, CAPRINOCULTURA, SUINOCULTURA, ELETRICISTA, ENCANADOR, PINTOR, GALINHA CAIPIRA, DOMA RACIONAL DE CAVALO, CULINÁRIA RURAL, DERIVADOS DO LEITE, EMPREENDEDOR RURAL entre outros.
Como estamos vendo a população rural vem sendo bem assistida pela atual administração municipal, o êxodo rural que é a mudança de pessoas da zona rural para outras regiões de mais condições, pelo menos aqui em Taquaritinga não tem mais acontecido pois com todo o apoio e assistência técnica que tem recebido o homem do campo esta tendo a satisfação de viver onde realmente ele quer e gosta e nós que tanto dependemos e reconhecemos a sua importancia, falamos como uma musica de grande sucesso dos irmãos Dom e Ravel “OBRIGADO AO HOMEM DO CAMPO”.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
O Amor Secreto
A noite começava;
o bacurau expunha sua cor e pulava de canto a canto da vereda. As caiporas
assobiavam e as muriçocas soltavam suas zoadas. A esta altura, os galos de
campina já pernoitavam nos galhos de avelós e sonhavam com o clarear do novo
dia mais alegre, ou seja, com um roçado cheio de covas de milho, sem a presença
de um menino para bater lata e espantá-lo. É que o malvado galo de campina e o
xexéu não deixam uma cova de milho em paz. Eles com seus bicos afiados arrancam
uma a uma para comer o milho ou o feijão plantado. No entanto, estão perdoados,
pois só o canto do galo de campina encanta a vida. Sem o galo de campina o
nordeste seria uma Roma sem o Coliseu, o Rio de Janeiro, sem o Pão de Açúcar e
o Maracanã, ou seja, não tinham tanta beleza. Ou ainda o Piauí sem o Rio
Parnaíba.
Os papagaios,
que voavam de um lugar para outro, indo e voltando das serras e dos serrotes da
fazenda de seu Agnelo Pedrosa. Ao anoitecer e ao amanhecer as aves verdes e
falantes passavam voando e cantando por Serra dos Bois, inquietando o juízo do
menino que gostaria de saber onde ficava a casa dos papagaios. Parecia que eles
moravam no Bandeira, ou no serrote de Mãe Zita, onde juntamente com os mocós
davam um ar alegre àquele lugar.
Assim ia-se
levando a vida. Bastando para tanto um café bem forte, um cigarro de palha ou
cachimbo para se tirar um trago. Quando o fim de semana chegava corria-se para
o Jerimum, pois lá era certo que tinha um forró.
De forró em
forró Theobaldo Farias encontrou sentido para sua vida pacata que levava nos
campos de Serra dos Bois. Certa vez, quando chegava ao Jerimum Theobaldo, com
seu sexto sentido, logo pensou e falou para seu amigo Leôncio Matoso:
- Hoje,
Leôncio, eu arrumo uma namorada.
Passava o
jovem Theobaldo Farias e o solteirão Leôncio Matoso, pela casa de seu Raimundo
Gomes, no sentido de Serra dos Bois ao Jerimum. E Leôncio Matoso, com seus 50
anos, solteiro e virgem que nunca namorou, começou a rir. E só quando passavam perto
da casa de seu Aniceto é que Theobaldo Farias se irritou e respondeu ao seu
estilo.
- Por que você
rir de mim, se nunca arrumou uma namorada?
Leôncio Matoso,
que não tolerava perguntas relativas à sua vida
íntima não gostou e partiu para o ataque:
- Isso não é
de sua conta. Eu não arrumei namorada alguma porque não quis e isso é uma
questão que diz respeito somente a minha pessoa e você não se meta aonde não
foi chamado.
Prosseguiu o
solteirão.
- Não arrumei
namorada, na opinião do povo mau falador de Serra dos Bois e de Gravatá do
Ibiapina. Gravatá do Ibiapina, porque todo mundo de Serra dos Bois tem origem
em Gravatá. Só que ninguém sabe que eu amei e amarei para sempre o único amor
de minha vida. Só eu e ela é que sabemos da existência de nosso amor secreto.
Os dois amigos
chegaram à vila do Jerimum e na bodega de Ismael de João Nogaia Leôncio Matoso
terminou de contar sobre seu amor, após uma boa dose de conhaque.
- É que seu
pai de minha amada era homem rico e importante da região não permitiria que ela
se casasse comigo, um pobre e com a calça rasgada. E para não fazê-la sofrer
fizemos um pacto: nós nos amaríamos para sempre, pois para se amar não é
preciso se casar ou se viver juntos. O verdadeiro amor é àquele que nos
alimenta, nos completa e nos deixa viver sem mágoas ou rancores. A vida não
comporta os que não compreendem o que é amar.
Emocionado
Theobaldo Farias voltou para casa, não foi mais ao forró e procurou viver como
um ermitão, só que se esqueceu de que para amar é preciso ter um amor, mesmo
secreto como o amor de Leôncio Matoso.
Por: Antônio Martins
de farias
sexta-feira, 27 de julho de 2012
As Festas Juninas de Serra dos Bois
As Festas Juninas de
Serra dos Bois
Sobre a mesa
ficava os pratos de canjica, com pitadas de canela em pó adormecidas. Quando
amanhecia o dia olhava-se para as cinzas da fogueira e corria-se para comer um
prato do delicioso prato. Após alguns minutos saíamos à procura dos restos de
fogos para se aproveitar o barbante com o qual se fazia arapucas.
Geralmente
tinha gente de fora e papai conversando a vontade na sala e de vez em quando
uma xícara de café para os convidados. Às crianças sobrava esbregue, carão e
beliscão, pois sempre estavam erradas. Criança não podia falar e nem manifestar
qualquer opinião, mesmo detentora de razão.
Chegavam
Geraldo de Zita e o povo do Papagaio; a família de Aleixo Joaquim também
marcava presença. Seu João Cazé e seu Tezinho, de Cacimba de Baixo, que não de
bicavam, geralmente só apareciam dia de São João.
Seu João Casé
só comia farofa e ovo cozido, mas não dispensava umas espigas de milho assado e
seu Tezinho só comia caldo de feijão com farinha.
Para a festa
de São Pedro, de vez em quando, tínhamos a presença da família de tio Lindolfo,
de Frei Miguelinho, para completar a alegria. Uma vez ou outra, se matava um
bode e comia-se a uma deliciosa buchada.
A hora do
almoço era um momento sublime: meu pai, à cabeceira da mesa, convidava um por
um a se sentar e comer pirão e beber uma aguardente Serra Grande, a de casco
branco. Só servia de fosse Serra Grande de casco branco. A conversa seguia
sobre vários assuntos, mas acabava sempre sobre São João do Cariri. Era que
para Hermes Ludugero de Farias qualquer coisa só era boa e verdadeira se fosse
de São João do Cariri.
E assim, de
lembrança em lembrança vai se formatando na mente as festas juninas de Serra
dos Bois que eram maravilhosas.
Antonio
Martins de Farias
quarta-feira, 25 de julho de 2012
AASB em ação
Em busca de melhorias para nossa comunidade, estivemos
recentemente na cede do instituto agronômico de Pernambuco IPA em Recife, numa
audiência com o diretor presidente do órgão, doutor Júlio Zoé de Brito, a
associação esteve representada pelo presidente Geraldo Filho, o tesoureiro
Jorge Gonçalves, os sócios Roberto Pontes e Renato júnior, além de João Paulo representando a secretaria de
agricultura e Zeca Coelho secretario de apoio e articulação do município. Uma
iniciativa importante por parte da associação com apoio da prefeitura, que
busca alternativas diretamente na fonte
onde os recursos são gerenciados. Foi um encontro bastante positivo, onde
mostramos os problemas causados pela estiagem prolongada e discutimos soluções
para os mesmos, o doutor Júlio, se comprometeu em levar os ofícios encaminhados
pela associação ao comitê gestor da seca, que se reúne semanalmente para discutir onde
os recursos serão aplicados. Iniciativas desse tipo precisam ser desenvolvidas constantemente, mesmo que os resultados só venham á longo prazo, destacou Geraldo Filho.
terça-feira, 10 de julho de 2012
O Bode Pajeú
Um morador de
Serra dos Bois gostava de novidades e certa vez resolveu criar cabras raçadas,
cabras de orelhas grandes. Na inauguração do grupo escolar do Riacho Doce, ele
pediu um bode emprestado ao senhor Frascisquinho Heráclito, sendo prontamente
atendido.
Na sexta-feira seguinte o tomador do bode
emprestado foi ao Gravatá do Ibiapina e trouxe o caprino para Serra dos Bois.
Logo constituiu Theobaldo como depositário fiel do tal bode. À noite, cansado
da viagem que fizera, de aproximadamente, três léguas, ou dezoito quilômetros,
o animal não quis saber das cabras, no chiqueiro. Não se ouviu um só bodejar do
animal à noite. As cabras logo desconfiaram do novo marido.
Mochinha, uma cabra
preta, que fora emprestada por João Joaquim para criar Theobaldo, já era uma
cabra velha; uma coroa cabra, ou uma cabra coroa. Tenha naquela época uns 15
anos, mas ainda dava seus pulinhos, mesmo não sendo milho de pipoca.
O bode era
bonito; de cor variada. Era um bode lavrado, cheio de cores brancas e
vermelhas, parecia que imitava as camisas do Bolinha, àquele que animava
programas de auditórios, nas décadas de 70 e 80, do século passado.
No rebanho
tinha cabras de todas as cores e tipos e umas jeitosas; outras muito feias.
Mesmo assim Pajeú, o bode, foi logo dando conta do recado. Marreca, uma cabra
de cor roxa, era uma cabra muito jeitosa; de origem paraibana, muito boa de
leite. Ela fora emprestada por Silva Borges para criar a irmã mais nova de Theobaldo.
Pajeú logo se aproximou dela e em poucas horas já namoravam. Marreca foi logo
dizendo às amigas que Pajeú era gostoso e cheio de charme. Isso criou um clima
de ciúmes e muitas brigas; só ouvia chifre com chifre. Mochinha, a mais velha
entrou na briga para separar as brigonas. Deu um berro e foi logo dizendo:
-Minhas amigas
cabras, Pajeú não é de nenhuma de nós. Ele é de todas ao mesmo tempo. É como o
galo que é marido de todas as galinhas e só canta no poleiro quando não tem
raposa por perto. Quando a raposa chega ele é o primeiro a correr. Assim é
Pajeú. Eu sou a mais velha e já tive
muitos bodes na vida. Teve Mirinó, que era um rapaz alegre e só queria saber
dos cabritos e fiquei na pior. Quem me salvou foi o bode de Arnóbio.
As cabras de acalmaram. Cabeluda que era uma
cabra muito boa de leite e experiente foi a única que não teve problemas com
Pajeú e manteve a linha. Afinal, era uma cabra elegante, firme e até sabia
andar de pata alta, para não dizer sapatos. Cabeluda era tão boa que sabia andar
de pata alta. Os bodes não tinham problemas com ela.
Passado alguns
meses e nada de nascer cabrito de orelhas grandes. Só nascia cabrito com as
orelhas pequenas. Assim se ficou sabendo que Pajeú não emprenhava as cabras,
mas sim um bode preto de Arnóbio. Com raiva, Após isso Pajeú foi devolvido ao
Cicero, antigo vaqueiro de seu Frascisquinho Heráclito. E nunca mais viu as
cabras de Serra dos Bois. Deve ter sentido muita saudade, pois quando ele foi
embora prometeu que voltava e nunca mais voltou.
Por: Antonio Martins de farias.
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