sexta-feira, 27 de julho de 2012

As Festas Juninas de Serra dos Bois











As Festas Juninas de Serra dos Bois
 Festas, balões, fogos de artifícios, pamonha, canjica e milho verde são os ingredientes para o mês de junho inteiro. Falta só batata doce, que agora incluo. Na noite de Santo Antônio a festa era animada. Uma novena na casa de Hermes, outra na casa de Otávio davam o tom da alegria. Após a novena o café com pamonha era sagrado.
Sobre a mesa ficava os pratos de canjica, com pitadas de canela em pó adormecidas. Quando amanhecia o dia olhava-se para as cinzas da fogueira e corria-se para comer um prato do delicioso prato. Após alguns minutos saíamos à procura dos restos de fogos para se aproveitar o barbante com o qual se fazia arapucas.
Geralmente tinha gente de fora e papai conversando a vontade na sala e de vez em quando uma xícara de café para os convidados. Às crianças sobrava esbregue, carão e beliscão, pois sempre estavam erradas. Criança não podia falar e nem manifestar qualquer opinião, mesmo detentora de razão.
Chegavam Geraldo de Zita e o povo do Papagaio; a família de Aleixo Joaquim também marcava presença. Seu João Cazé e seu Tezinho, de Cacimba de Baixo, que não de bicavam, geralmente só apareciam dia de São João.
Seu João Casé só comia farofa e ovo cozido, mas não dispensava umas espigas de milho assado e seu Tezinho só comia caldo de feijão com farinha.
Para a festa de São Pedro, de vez em quando, tínhamos a presença da família de tio Lindolfo, de Frei Miguelinho, para completar a alegria. Uma vez ou outra, se matava um bode e comia-se a uma deliciosa buchada.
A hora do almoço era um momento sublime: meu pai, à cabeceira da mesa, convidava um por um a se sentar e comer pirão e beber uma aguardente Serra Grande, a de casco branco. Só servia de fosse Serra Grande de casco branco. A conversa seguia sobre vários assuntos, mas acabava sempre sobre São João do Cariri. Era que para Hermes Ludugero de Farias qualquer coisa só era boa e verdadeira se fosse de São João do Cariri.
E assim, de lembrança em lembrança vai se formatando na mente as festas juninas de Serra dos Bois que eram maravilhosas.

Antonio Martins de Farias

quarta-feira, 25 de julho de 2012

AASB em ação


                 
                           
                                   


 Em busca de melhorias para nossa comunidade, estivemos recentemente na cede do instituto agronômico de Pernambuco IPA em Recife, numa audiência com o diretor presidente do órgão, doutor Júlio Zoé de Brito, a associação esteve representada pelo presidente Geraldo Filho, o tesoureiro Jorge Gonçalves, os sócios Roberto Pontes e Renato júnior, além de  João Paulo representando a secretaria de agricultura e Zeca Coelho secretario de apoio e articulação do município. Uma iniciativa importante por parte da associação com apoio da prefeitura, que busca  alternativas diretamente na fonte onde os recursos são gerenciados. Foi um encontro bastante positivo, onde mostramos os problemas causados pela estiagem prolongada e discutimos soluções para os mesmos, o doutor Júlio, se comprometeu em levar os ofícios encaminhados pela associação ao comitê gestor da seca,  que se reúne semanalmente para discutir onde os recursos serão aplicados. Iniciativas desse tipo precisam ser desenvolvidas constantemente, mesmo que os resultados só venham á longo prazo, destacou Geraldo Filho.    

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Bode Pajeú




Um morador de Serra dos Bois gostava de novidades e certa vez resolveu criar cabras raçadas, cabras de orelhas grandes. Na inauguração do grupo escolar do Riacho Doce, ele pediu um bode emprestado ao senhor Frascisquinho Heráclito, sendo prontamente atendido.
  Na sexta-feira seguinte o tomador do bode emprestado foi ao Gravatá do Ibiapina e trouxe o caprino para Serra dos Bois. Logo constituiu Theobaldo como depositário fiel do tal bode. À noite, cansado da viagem que fizera, de aproximadamente, três léguas, ou dezoito quilômetros, o animal não quis saber das cabras, no chiqueiro. Não se ouviu um só bodejar do animal à noite. As cabras logo desconfiaram do novo marido.
Mochinha, uma cabra preta, que fora emprestada por João Joaquim para criar Theobaldo, já era uma cabra velha; uma coroa cabra, ou uma cabra coroa. Tenha naquela época uns 15 anos, mas ainda dava seus pulinhos, mesmo não sendo milho de pipoca.
O bode era bonito; de cor variada. Era um bode lavrado, cheio de cores brancas e vermelhas, parecia que imitava as camisas do Bolinha, àquele que animava programas de auditórios, nas décadas de 70 e 80, do século passado.
No rebanho tinha cabras de todas as cores e tipos e umas jeitosas; outras muito feias. Mesmo assim Pajeú, o bode, foi logo dando conta do recado. Marreca, uma cabra de cor roxa, era uma cabra muito jeitosa; de origem paraibana, muito boa de leite. Ela fora emprestada por Silva Borges para criar a irmã mais nova de Theobaldo. Pajeú logo se aproximou dela e em poucas horas já namoravam. Marreca foi logo dizendo às amigas que Pajeú era gostoso e cheio de charme. Isso criou um clima de ciúmes e muitas brigas; só ouvia chifre com chifre. Mochinha, a mais velha entrou na briga para separar as brigonas. Deu um berro e foi logo dizendo:
-Minhas amigas cabras, Pajeú não é de nenhuma de nós. Ele é de todas ao mesmo tempo. É como o galo que é marido de todas as galinhas e só canta no poleiro quando não tem raposa por perto. Quando a raposa chega ele é o primeiro a correr. Assim é Pajeú.  Eu sou a mais velha e já tive muitos bodes na vida. Teve Mirinó, que era um rapaz alegre e só queria saber dos cabritos e fiquei na pior. Quem me salvou foi o bode de Arnóbio.
 As cabras de acalmaram. Cabeluda que era uma cabra muito boa de leite e experiente foi a única que não teve problemas com Pajeú e manteve a linha. Afinal, era uma cabra elegante, firme e até sabia andar de pata alta, para não dizer sapatos. Cabeluda era tão boa que sabia andar de pata alta. Os bodes não tinham problemas com ela.
Passado alguns meses e nada de nascer cabrito de orelhas grandes. Só nascia cabrito com as orelhas pequenas. Assim se ficou sabendo que Pajeú não emprenhava as cabras, mas sim um bode preto de Arnóbio. Com raiva, Após isso Pajeú foi devolvido ao Cicero, antigo vaqueiro de seu Frascisquinho Heráclito. E nunca mais viu as cabras de Serra dos Bois. Deve ter sentido muita saudade, pois quando ele foi embora prometeu que voltava e nunca mais voltou.

Por: Antonio Martins de farias.






sexta-feira, 6 de julho de 2012

Um ano de saudades





Velho Geraldo meu pai
Meu peito é cova de dor
A gente não combinou
Poema de despedida,
Essa coisa tão doída
Carregada de tristeza
Minha rima está presa
Entalada na goela
Hoje sinto banguela
A boca da alegria,
Apeou da montaria
Amarrou o seu cavalo
O corpo cheio de calos
Calos de sabedoria
Todo mundo vai um dia
Quando chega sua hora
Meu pai foi embora
Deixando a casa vazia
Dona Zita bem queria
Envelhecer do teu lado
E não te ver sepultado
Numa cova de cimento
Que toma de sentimento
O peito dos filhos teus
a saudade é como faca,
furando nos olhos meus
Descansa na paz de Deus
Meu velho Geraldo pacas !!!



Geraldo Filho.

Festa do padroeiro são Pedro, em serra dos Bois

A festa do padroeiro são Pedro em serra dos bois, mais uma vez foi sucesso, na primeira noite do tríduo festivo, já tivemos um público considerável, na parte religiosa, as missas foram bem participadas e a igreja esteve lotada todas as noites.  Na festa de rua, na quinta, a animação ficou por conta de Bardighão com seu trio de forró, que não deixou ninguém parado, na sexta, foi a vez  de Bidinga do acordeom levantar a galera num grande show.  No sábado, Pedro de Bilau (homenageado) do são João em Taquaritinga, abriu a festança tocando muito forró, em seguida, o cowboy forrozeiro Jota Gomes, entrou em sena e com um show de forró e uma mistura de ritmos levantou o publico presente que aprovou e já pediu a volta de Jota Gomes há nossa terra. Outro ponto positivo foi à presença da policia militar durante todo o evento. Nós da 
comunidade, agradecemos a todos que participaram e colaboraram direta e indiretamente com nossa festa.


Confira algumas imagens