quarta-feira, 30 de março de 2011

Oficina voltada para a problemática das drogas é ministrada na terra das dálias



Está acontecendo no dia de hoje (30) e amanhã (31) no auditório da Prefeitura da Dália da Serra, Edivaldo Felix da Silva, a 1ª Oficina descentralizada com o tema: “Drogas: Desafios e possibilidades”. A mesma é uma realização de parceria entre a Prefeitura de Taquaritinga do Norte através da Secretaria de Ação Social e o Instituto de Pesquisas Sociais Aplicadas – IPSA, entidade vinculada a Universidade Federal de Pernambuco
Estão participando do evento, profissionais da Assistência Social, Saúde, Educação, Conselheiro e ONGs, todos focados na troca de experiências que permitam construções e alternativas eficientes e efetivas para redução de problemas gerados ao uso das drogas.
“Sabemos das grandes proporções que está tendo as drogas no mundo atual, principalmente com os jovens. E uma oficina como esta sendo ministrada em nosso município só vem trazer experiências coletivas para aplicarmos em nossos Centros de Referencias de Assistências Sociais com os munícipes, e com isso, diminuirmos os adeptos desta grande ilusão”, destacou a Secretaria de Ação Social Mauricéa Gomes. A associação dos Agricultores de Serra dos Bois, participa com dois representantes, Claudenice da Cunha Barbosa graduada em Pedagogia, pós-graduada em Supervisão Escolar e Orientação Educacional; e Maria Aparecida do Nascimento graduada em Serviço Social, pós-graduanda em Saúde Pública.

Tributo a José de Alencar

Letra e musica, de José Augusto Maia Deputado Federal PTB - PE.   

sexta-feira, 25 de março de 2011

Família França


Família, uma instituição que ao longo do tempo vem abrindo falência, as famílias atuais estão sendo aos poucos, destruídas pelas drogas, pela falta de estrutura, pelo progresso que as vezes mais prejudica do que ajuda. Na geração dos nossos pais e avós, as famílias eram numerosas no mínimo seis filhos, algumas chegavam a vinte, ou mais. Em Serra dos Bois não era diferente um exemplo, é esta foto da Família França, reunida comemorando o aniversário de Doralice a caçula de 10 irmãos que foram criados com muitas dificuldades, mas que a  eles, foram ensinados  princípios e valores que bem observados jamais alguém se desviaria do caminho do bem, valores que na nova geração alguns indivíduos tomam atitudes medíocres que mancham anos de cuidados e ensinamentos. Esta foto datada de 1997, mostra um momento raro os 10 filhos de Amaro França e Francisca Ludugero reunidos na mesma casa onde nasceram e foram criados. Da esquerda para a direita, Luiz, já falecido, Doralice a caçula, Ludugero, Zita, Ana, Pastora a primogênita, Maria, Zuzinha, João, também falecido, e José. Dez  irmãos que honraram e honram seu sobrenome, e servem se referência para as gerações futuras. Dos que se foram, só nos resta a saudade. Dos que estão entre nós, nos resta aproveitar cada dia como se fosse o último dia de nossa vida.

quarta-feira, 23 de março de 2011

A úva do carirí

O umbuzeiro ou imbuzeiro é éuma das árvores principais que compõe o bioma Caatinga. Árvore robusta (mede de três a seis metros de altura) de copa larga (dez a quinze metros de largura), casca grosa e acinzentada. Suas raízes atingem um metro de profundidade e são como reservatórios de água; as batatas servem para guardar o liquido para os tempos sem chuvas. As folhas são penadas terminando em um folíolo. Os frutos possuem poupa grossa quando maduros e um caroço que chega a dez por cento do total da fruta. A floração acontece entre os meses de agosto a novembro sempre com as primeiras chuvas. As flores são brancas distribuídas em um cacho piramidal, ou seja, panícula. Os frutos começam a cair entre outubro e fevereiro após sessenta dias da florada. A árvore pode chegar aos cem anos de idade. Uma característica desta planta é a perda total das folhas nos períodos secos. Muito comum no inicio das chuvas é ver árvores carregadas de flores com quase ou nenhuma folha. Os animais apreciam muito o umbu, os caprinos e bovinos também gostam bastante das folhas. As plagas: cochonilhas, cupins, lagarta-de-fogo, mosca-branca e abelha erapuá.
Muito apreciado em forma de doces, geléias, sucos e sorvetes. O sabor tem um azedinho próprio. O umbu no Sertão além do valor simbólico existe também o econômico.
Pode ser cultivado a parti do caroço, com estacas ou através da enxertia. A produção começa aos oito anos.
O umbuzeiro é uma planta protegida por lei, quem pratica derrubada fica sujeito à punição.
Classificação científica:
Nome Científico: Spondias tuberosa.
Reino: Plantas.
Divisão: Angiosperma.
Família: Anacardiaceae.
Habitat: Caatinga.

domingo, 20 de março de 2011

Quando fui José



Certa vez estávamos em baixo do pé de umbu da Estrada. em Serra dos bois Cada pé de umbu tem um nome. Às vezes cada pessoa põe o nome só seu nos umbuzeiros. O pé de umbu da Estrada ficava entre a casa que Hermes fez, na década de 50,cujo pedreiro se chamava José Inácio, para morar, mas acabou servindo para muita gente iniciar a vida de casado lá e a casa de tio Otília, ou a casa do salgado, ou ainda o sítio Mulungu.
 Ouvimos ao longe a voz: era uma voz uma mulher e de uma criança. As duas criaturas, quando se aproximaram, disseram:
- Bom dia, José e Maria!
 Fiquei com raiva porque meu nome não era José, porém Antonio. Maria apenas riu da senhora que foi em direção à casa de Hermes. Ela carregava um cesto cheio de ovos na cabeça; tempos depois soube que era os donativos para à festa de São José, na casa de Céu, em Pedra Preta.
Na casa de Hermes, ela foi recebida com festa, Antonio e Maria correram ao seu encontro e quando chegou a casa assistiram à festa que Hermes fazia para com Céu. Céu era de Pedra Preta; filha de dona Boaventura e irmã de seu Zé Antonio de seu Paizinho.
Sua família não acaba aqui, mas não me lembro de mais quem ninguém que são ou foram seus irmãos.
Fato é que não satisfeito, fiz uma reclamação à Bi, minha querida vó. Para quem não sabe, minha vó querida era tia Otília, como era mais conhecida. Cheguei bem de mansinho e disse:
- Bi, esta nojenta me chamou de José! O nome de Maria ela acertou. Só o meu que ela não quis saber. Tenho raiva dela!
Bi, minha vó, sábia como sempre e carinhosa como pétalas de rosas me respondeu:
- Filho, José e Maria são os pais de Jesus. E quando não sabemos o nome de uma pessoa lhe chamamos de José em homenagem a São José.
Que saudades de minha vó e que sábias palavras ela me deixou!
por: Atonio Martins

quarta-feira, 16 de março de 2011

tanques






De acordo com os dicionários a palavra tanque pode significar, entre outras coisas, depósito natural de águas vindas da chuva ou de um rio. Só que para quem está longe, esta palavra tem outro significado: saudade!
Em nossa querida Serra dos Bois há muitos anos, só tinha os tanques de Mãe Zita, os tanques de Aleixo Joaquim, os tanques do Papagaio e os do sítio Barrocas. As Barrocas fazem parte de Serra dos Bois. Está culturalmente ligado.
Cada tanque tinha um nome: Tanque do Caneco, Tanque das Cabras, Tanque Comprido, Tanque do Ferraz, Tanque da Janela, Tanque do Serrote, Tanque de Quininha, Tanque d’ arco e muitos outros que não lembramos mais. Só lembramos que era gostoso tomar banho nos tanques. Inventou-se chuveiro, açude e até banho de lua, porém nada substitui os tanques. Além dos tanques temos as locas; sendo a mais famosa aquela uma que tia Zefinha, todo ano enchia de mandioca, e quando esta apodrecia ela tirava uma massa e expunha ao sol. Quando secava se formava uma espécie de farinha que servia para fazer bolo. Este bolo só era feito em momentos especiais - geralmente para padre Otto, para o coronel Lucena e Zé Pereira.
Nossa Constituição de 1988, Carta Cidadã, comochamou nosso saudoso Ulysses Guimarães, seu artigo 216 decreta que faz parte do patrimônio cultural do brasileiro todos os bens de natureza material e imaterial que se refira à memória e à identidade brasileira. Os tanques fazem parte do patrimônio do povo brasileiro, logo ao povo de Serra dos Bois. Não se esqueçam da nossa cultura. Os tanques de Serra dos Bois merecem!
Por: Antonio Martins
                              

sexta-feira, 4 de março de 2011

A Prefeitura faz, a comunidade agradece!


Uma ação conjunta entre a secretaria de agricultura e a secretaria de obras realizou uma limpeza no açude de Serra dos Bois. Era uma reivindicação antiga da comunidade, já que o mesmo foi construido a mais de vinte e cinco anos e nunca recebeu manutenção, só agora, no governo do prefeito Evilásio, o entrave foi resolvido. A prefeitura tem dado  uma atenção especial a comunidade,e incentivado a associação de agricultores a lutar por novas conquistas, o secretário de agricultura  Julio Cezar, tem visitado frequentemente a comunidade junto com o prefeito, isso mostra o compromisso e o respeito pelo povo. No final de dois mil e dez foi construida em parceria com o IPA, uma barragem de pequeno porte  na  propiedade de dona Margarida Aragão, já que a mesma fica distante dos outros reservatórios. O poço artesiano também recebeu manutenção, remoção do reservatório de água para o lugar apropiado,e construido um reservatório bebedouro para os animais. A  secretaria de apoio e articulação, através do secretario José Pereira Coelho,vem dando total assistência no tocante ao abastecimento de água diminuindo os efeitos da seca verde que assola o cariri taquaritinguense, também foram tiradas as coordenadas para a construcão de uma área de lazer em frente a capela de São Pedro, e segundo o próprio prefeito Evilásio, o projeto já está em fase de conclusão. Quando as pessoas certas, estão no lugar certo, as coisas acontecem, disse o presidente da associação de agricultores, Geraldo Francisco Barbosa Filho.      

quinta-feira, 3 de março de 2011

Recordações de criança relembrando o passado.



A ideia de se construir uma igreja em Serra dos Bois era antiga. Desde os tempos de padre Oto, tia Zefinha já era uma incansável batalhadora para esse fim. Ela, com coragem de uma guerreira, visitava os sítios vizinhos, pedindo ajuda para a realização da sua obra. Ganhava, geralmente, um ovo, em cada casa que visitava; raramente era presenteada com uma galinha ou um frango ou franga. Não importava a distância; tia Zefinha ia ao Bonsucesso, à Santana, à Pedra Preta, ao Tanque Raso, e, aproveitava para almoçar na casa de Pastora, esposa de seu Zé Pequeno. De volta aproveitava para tomar um café e fumar um cigarro de palha na fazenda Lagoa do Canto. Geralmente, tia Zefinha levara um menino ou uma menina para lhe fazer companhia.
Tal projeto só saiu do papel com a ajuda do padre Basílio, que de mansinho e com sua forma moderna de evangelizar convenceu os homens de Serra dos Bois a se juntarem e bater o tijolo para a construção da igreja. Coronel Lucena também foi fundamental na decisão. Ele e Zé Pereira doaram as imagens de São Pedro e de Nossa Senhora à igreja de Serra dos Bois.
O tijolo foi batido, num barreiro perto da casa de mãe Zita, e outra parte no açudinho. Era uma festa trabalhar fazendo tijolo para construir a igreja. Muitas pessoas não acreditavam que essa ideia saísse do papel, mas saiu e em 1969, houve a inauguração de nossa igreja.
Tia Zefinha nunca será esquecida, pois deixou sua marca na história de Serra dos Bois. Ela lutou para que fosse construída uma igreja que acaba sendo um ponto de encontro de todos.
A festa de inauguração foi uma festa muito grande. Nunca se viu tanta gente em Serra dos Bois. Veio até o bispo de Caruaru. Mas só lembro-me da barraca de padrinho Geraldo onde se comia pão doce. A visão de um menino.
Por: Antonio Martins

quarta-feira, 2 de março de 2011

Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentavel

   Com o objetivo de estimular a organização social, o ProRural vem promovendo ações estratégicas para o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural. Os Conselhos estão instalados em 179 municípios pernambucanos e são instâncias de participação social formadas por representantes do poder público e da sociedade civil organizada.
            Os Conselhos têm por finalidade atuar como instrumento autônomo de articulação, mobilização e mecanismo institucional de controle social para a implementação dos programas e das políticas públicas para o meio rural.
            A Estratégia de Fortalecimento está direcionada a uma reestruturação organizacional que seja capaz de atuar numa perspectiva mais abrangente, promovendo maior envolvimento dos atores sociais, atraindo a participação efetiva de grupos étnicos, jovens, mulheres, idosos para ocupar esses espaços de decisão, influenciar na formulação e implementação de políticas de desenvolvimento e articular parcerias para a convergência de ações orientadas pelo diagnóstico e planejamento participativo.
            A promoção do desenvolvimento implica ações integradas e convergentes, por meio de um processo metodolõgico que prevê a capacitação para a gestão do desenvolvimento, o diagnõstico e planejamento, a articulação das ofertas públicas de programas com as demandas sociais locais, a partir do fortalecimento de institucionalidades participativas e democráticas.

Alimentos de qualidade na marenda escolar de Taquaritinga


Força, trabalho, união e compromisso. É com essas palavras que podemos adjetivar o Governo Municipal da Dália da Serra, que através das Secretarias de Educação e Agricultura, o IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco), Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Conselho de Alimentação Escolar, Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, Associações e os Agricultores do município incentivou a agricultura familiar para a produção de gêneros alimentícios a serem utilizados na merenda escolar.
Toda mobilização e organização foram feitas através do PENAE (Programa Nacional de Merenda Escola) no que diz a Lei nº 11.947 que determina que as Secretarias de Educação devam adquirir 30% dos produtos da merenda escolar no próprio município. Por isso, o Governo Municipal em uma iniciativa nunca vista, elaborou junto com o Conselho de Alimentação Escolar e Nutricionistas um cardápio totalmente planejado na produção agropecuária do município, onde todos os alimentos possam ser ofertados em grandes quantidades e regularmente para a merenda escolar.
Os alimentos fornecidos são: galinha caipira, carne bovina, banana, coentro e cebolinha. Para a agricultora Rosilda Amara esta aquisição do Poder Executivo junto dos agricultores é histórica. “Nunca vimos uma coisa desta em nosso município. Fico muito orgulhosa em saber que nossos filhos irão comer o que produzimos na merenda, um alimento totalmente saudável e que ainda nos gera lucro”, ressaltou a agricultora.

O Vizinho - relembrando o passado

Toda a sexta-feira ia-se a Gravatá. Toda primeira sexta-feira era obrigatória assistir à missa. Seguiam-se pela estrada, acompanhado dos vizinhos e amigos. A conversa girava em torno dos problemas da seca, da fome e variadas dificuldades que a vida nos aprontava.
Nesse ir e vir muitos amores nasceram e morreram como a vida nos apresenta. Quando a sede apertava recorrias-se aos habitantes da beira de estrada. Fazia-se ponto no Bandeira, na casa de Amaro de Ginu. Nunca na casa de seu Do Santo. A água barrenta e servida no caneco de flandres pela esposa de seu Amaro Traquino aliviava a sede no caminho de volta à Serra dos Bois, depois da missa e da feira.
 De Serra dos Bois a Gravatá, todos sabiam quem eram os vizinhos. Menos seu Amaro Traquino. Ele criava uma vaca, era casado com uma mulher que usava sempre um vestido comprido e cheio de babados. Seu cabelo era enorme, pois ela fazia para um cocó, ou seja, um penteado que juntava os cabelos na altura da nuca e ainda sobrava para fazer uma espécie de rodilha para carregar uma lata da água.
Só se sabia que seu Amaro Traquino criava uma cachorra, cujos filhotes eram vendidos.
Nunca se viu seu Amaro Traquino ir à Igreja; não se sabia qual religião ele praticava, não se sabia de que terra ele  veio.Também, com o nome desse, só podia estar brincando conosco, mas matando nossa sede todas as sextas feiras quando íamos  a Gravatá.
por:Atonio Martins