terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL!


Que o Natal seja tempo de reflexão e conquistas, para todos nós.
E o ano novo seja sinônimo de melhorias, avanço e prosperidade para nossa terra.
Agradecemos pela confiança em estarmos juntos(as) nessa caminhada durante esse ano de 2010, com a certeza que 2011 nos trará mais alegrias, e novos companheiros que se unirão a nós para a busca dos objetivos pretendidos pela Associação dos Agricultores de Serra dos Bois.

São os votos da Presidência, Secretaria e Conselho da AASB, que vem desejar a nossos sócios, um Feliz Natal!

Postado por: Claudenice Barbosa

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O BODE


A cabra é considerada a fêmea do bode. O nome cabra também qualificava os companheiros ou capangas de Antonio Silvino e de Lampião. Em Pernambuco há uma expressão: “amarrar a cabra” significando embebedar-se; tomar um porre, encher a cara; coisa que se fará nos próximos dias com o advento do Natal e as festividades de Ano Novo.
A cabra é sagrada, pois produz leite e derivados para alimentar do povo nordestino. Leite de cabra faz bem à saúde; além de muito forte e gostoso. Toda família em Serra dos Bois, um dia criou uma cabra.
            João Joaquim e Manoel Joaquim emprestaram duas cabras para dar leite e criar os filhos de Hermes. Foi feito o seguinte acordo: para cada três cabritos que nascem um era de Hermes e dois de João Joaquim e de Manoel Joaquim. Assim de um em um Hermes formou uma pequena criação de cabras que se alimentavam dos avelós, das urtigas, das quixabas e alecrim, que com suas flores enfeitavam mais ainda a belíssima Serra Lavrada.
Os cabritos e cabritas de Hermes eram assinadas com os seguintes sinais: forquilha; mossa, levada e meio brinco e as de João Joaquim e de Manoel Joaquim com forquilha, mossa, levada, meio brinco e bico de candeeiro,se não estou enganado.
Hermes sempre inventava e certo dia ele descobriu uma raça nova de caprino. Era uma raça de cabra que tinha as orelhas bem compridas e davam muito leite. Descobriu, mais ainda, que perto do açude de Boqueirão, na Paraíba, existia um fazendeiro que vendia cabritos machos para reprodutor. Hermes chamou João Cazé, um tropeiro que fazia o transporte de cal do sítio Bonsucesso para Gravata do Ibiapina em seus jumentos. Foram a tal fazenda. Lá sendo bem recebidos, como é o costume dos paraibanos, e compraram um cabrito da tal raça de caprino. Este cabrito recebeu o nome carinhoso de Merinó.
Fato é que este cabrito foi crescendo e crescendo, mas só se interessava pelos cabritos e nunca pelas cabras. Hermes desconfiado do bode Merinó reuniu-se com João Cazé e chegaram à conclusão de que o bode Merinó era gay.

Colaborador: Antonio Martins

TRABALHADOR RURAL - CONTINUAÇÃO - DIREITOS


A Lei 5.889 de 08 de junho de 1973, em seu artigo segundo, define que empregado rural como a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual para empregador rural; sob dependência deste e mediante salário. A mesma norma define que empregador rural é toda pessoa física ou jurídica proprietária ou não, e que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxilio de empregados. Prédio rústico, segundo, Sérgio Pinto Martins[1], é o destinado à exploração agrícola, extrativa ou agroindustrial. Pode, segundo o mesmo autor, ser localizado no perímetro urbano, mas utilizados na atividade agroeconômica.
Para ser empregado rural tem que trabalhar de forma continua. Se for para prestar serviços de caráter eventual, ou seja, consertar uma porteira, fazer uma cocheira ou aplicar um remédio em um animal, uma vez ou outra não se caracteriza como empregado rural.
Deve-se insistir que não há diferença entre trabalhador rural e urbano.  O trabalhador rural presta serviço no campo e o urbano na cidade. Há, no entanto, que se fazer uma distinção entre o empregado rural e o empregado domestico. O empregado doméstico presta serviços a pessoa ou família que não tem finalidade econômica ou finalidade de lucro. Já o empregado rural presta serviço à pessoa física ou jurídica que explora atividade lucrativa. No caso de uma pequena fazenda ou sítio, cuja atividade não possua finalidade de obter lucro, a atividade do trabalhador será de empregado domestico, a exemplo o caseiro que toma conta da casa ou do vaqueiro que cuida do gado. A Constituição Federal de 1988 igualou os direitos dos trabalhadores rurais e urbanos.
No próximo explorarei os direitos à férias, FGTS entre outros.



[1] Sérgio Pinto Martins é Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

Colaborador: Antônio Martins

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Resgatando a história


A Solda

Certo fim de tarde, ao longe se avistou um homem e o menino. Aproximava-se o pôr do sol com suas cores de labareda refletindo na serra de Manoel Manso para quem quisesse apreciar a beleza. Era verão e o papa sebo e os anuns cantavam e se balançavam nos pés de avelós. Os preás saltavam das moitas de macambira, olhando para o quixó, sem saber que tais iscas os levavam à morte. Os galos de campina cantavam no pé de imburana e as rolinhas se aquietavam em seus ninhos; os gatos já miavam aguardando ansiosos o leite com angu quente. Aqueles mais espertos pulavam pela cumieira e saiam em busca de uma gorda lagartixa ou mesmo um rato para completar a ceia. Enquanto isso, o homem e o menino chegavam cada vez mais perto. Foram se aproximando, aproximando e de repente:
- Boa noite, senhor! - Disse seu Joaquim.
- Boa noite, Senhor! E entre, por favor! - Falou Hermes.
Hermes, como todos sabem, gostava de receber visitas. Ele e Arnóbio procuravam parentes e conhecidos em todos os cantos.
O senhor que acabava de chegar, foi logo dizendo que se chamava Joaquim; era de Boqueirão e ferreiro. A conversa foi longa. Bernadina e Emilia foram para cozinha e esquentaram o angu e, sem pabulagem, teve até carne assada na grelha. Hermes apontou uns dez amigos que tinha em Boqueirão; além de uma prima que lá fixou residência. Contou que trabalhou na construção do açude, cujo feito foi do governo de José Américo de Almeida, na década de 50.
No dia seguinte espalhei a notícia. Fui às Barrocas e contei a novidade de a tia Silva. Seu Amaro Borges logo se interessou pelo assunto. Foi lá em casa e demonstrou interesse em se desfazer do depósito de zinco que tinha em casa e com a sobra fazer uns candeeiros. Proposta aceita. Como o volume de encomendas foi muito grande, Hermes emprestou sua casa que estava vazia para o ferreiro trabalhar. Ele cortou o depósito de zinco de seu Amaro Borges, que servia para guardar milho e feijão. Soldou todos os candeeiros dos moradores de Serra dos Bois e fugiu. Fugiu porque sabia que à noite a sua solda não soldava. E todos os candeeiros continuaram vazando gás e seu Amaro Borges perdeu seu depósito de zinco.

Colaborador: Antonio Martins de Farias

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

TRABALHADOR RURAL

O trabalho já foi considerado um castigo, pois Adão ao provar da fruta proibida recebeu como pena ou sanção o trabalho para o resto da vida. Há muita coisa para se falar a respeito do trabalho, mas o que nos interessa é saber a respeito do trabalhador rural e este tem até lei própria, a Lei 5.889/1973.

Mesmo assim é importante lembrar que a OIT – Organização Mundial do Trabalho define como trabalhador rural toda pessoa física que se dedica, em região rural, a tarefas agrícolas ou a serviços simples ou conexos. Não considera apenas os assalariados, mas também aquelas pessoas que trabalham por conta própria. Caso que atinge todos os trabalhadores de Serra dos Bois, ou seja, todos em Serra dos Bois têm seu roçadinho para plantar milho, feijão e algodão; além de palma, para alimentar a vaquinha que ansiosa espera a cocheira de palma à sombra do pé de juazeiro.

Não há diferença entre trabalhador rural e trabalhador do setor urbano, isto é, tanto faz o trabalhador que presta serviços numa loja de roupa em Santa Cruz do Capibaribe e aquele que presta serviços, na enxada, no roçado de Luiz França. O valor ou a importância do trabalho é o mesmo.

Por: Antônio Martins

sábado, 4 de dezembro de 2010

Exemplo de vida


Natural de Gravatá do Ibiapina, dona Emília Martins adotou Serra dos Bois como sua terra, desde que casou-se com o saudoso Hermes Ludugero de Farias, com quem teve seis filhos, Antônio, Bernardina, Ananias (falecido ainda criança), Carlinda, Maria e o saudoso Paulo Martins falecido recentemente.
Apesar das grandes perdas, dona Emilia com mais de oitenta anos de idade é uma mulher forte e de uma lucidez invejável.
Dona Emília mora na mesma residência que onde criou sua família, na companhia de sua filha Bernardina, sua fiel escudeira, cuidando dos animais e desfrutando a paz da vida no campo.
Parabéns pelos oitenta e oito anos de vida bem vividos! Que o seu aniversário se repita por muitos anos. É o que desejam seus amigos e sócios da AASB.

Associação de Placas elege nova diretoria

A Associação de Agricultores e Moradores de Placas em Taquaritinga do Norte elegeu na última semana sua nova diretoria. O jovem Fábio Junior foi eleito o novo presidente.
Jovem, dinâmico e com muita disposição, Fábio Junior terá um grande desafio, dar continuidade ao trabalho do seu antecessor Israel, e ao mesmo tempo mostrar a sua comunidade que é capaz e que seu nome foi a melhor escolha.
Parabéns Fábio Junior, e Deus lhe de muita força e discernimento para fazer uma boa gestão.