sábado, 25 de agosto de 2012

Coluna reflexão



SÁBADO, 25 DE AGOSTO DE 2012

 por : Marcos Pontes

 Todos nós sabemos do significado e conceito de  zona rural (CAMPO), e principalmente da  importância dessa região não urbanizada e destinada a atividade de agricultura e pecuária, o homem do campo tem um papel muito importante no contexto social, pois é de lá que é extraído os alimentos para toda a população e é com essa consciência que a gestão de Evilasio e lero tem dado um apoio: técnico, logístico e social nunca antes visto nessa região.

Com uma equipe liderada pelo secretário de agricultura e pecuária Júlio César, que tem na determinação e organização seu ponto forte o governo municipal através das parcerias com: IPA, SENAR, CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS, MDA (ministério do desenvolvimento agrário), PRORURAL, e os bancos do BRASIL E DO NORDESTE, está trazendo muitos benefícios que está mudando profundamente a qualidade de vida da população dessa região. Baseada principalmente na agricultura familiar que é o cultivo de terra realizado por pequenos proprietários rurais tendo como base a mão de obra essencialmente no núcleo familiar, as ações vão desde:

 ARAÇÃO DE TERRA E DISTRIBUIÇÃO DE SEMENTES :Em parceria com o IPA  são cedidas 500 horas de maquina para a aração de terra e depois distribuídas as sementes para que os agricultores possam plantar as lavouras de milho e feijão.

 PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE TERRA: feito em parceria com o sindicato dos trabalhadores rurais de Taquaritinga do Norte onde no Brasil a estrutura fundiária compreende que 1% dos proprietários detém 50% das terras, portanto num país de latifúndios esse programa do governo vem mudando essa realidade pelo menos em Taquaritinga onde através do credito fundiário 63 famílias já foram assentadas gratuitamente.

PROGRAMA FOME ZERO ANIMAL: onde os agricultores tiveram a aquisição de ensiladeiras para a confecção de silos na técnica de armazenamento e forragem para o período de estiagem.

PROGRAMA DE BARRAGEM PARA O CAMPO: em parceria com o  (SARA),a administração de Evilasio e lero conseguiu em 2011, 700 horas de maquina onde foram construídas 17 barragens além de barreiros e para 2012,foram disponibilizadas mais 1200 horas de máquinas nas quais 1000 horas já foram utilizadas na construção de mais 22 barragens totalizando assim 39 barragens para a população rural.

PROGRAMA DE MERENDA ESCOLAR: o prefeito evilasio tem dado através da secretaria de agricultura e pecuária a assistência técnica desde 2011 para o programa de fornecimento da merenda escolar através do PENAE onde os agricultores da cidade fazem o fornecimento de carne de galinha. Bode, boi, além de hortaliças, bananas, e com o reconhecimento da boa qualidade do alimento o programa foi ampliado em 2012 para quase o dobro.

APOIO AO CAFÉ ORGANICO: o governo municipal através da secretaria de agricultura e de parcerias vem fortalecendo e valorizando o café orgânico do município na região e em todo o Brasil.

QUALIFICAÇÃO DO HOMEM DO CAMPO: em parceria com o SENAR(serviço nacional de ensino rural),tem sido aplicado vários cursos com certificado de: TRATORISTA, APICULTURA, CAPRINOCULTURA, SUINOCULTURA, ELETRICISTA, ENCANADOR, PINTOR, GALINHA CAIPIRA, DOMA RACIONAL DE CAVALO, CULINÁRIA RURAL, DERIVADOS DO LEITE, EMPREENDEDOR RURAL entre outros.

Como estamos vendo a população rural vem sendo bem assistida pela atual administração municipal, o êxodo rural que é a mudança de pessoas da zona rural para outras regiões de mais condições, pelo menos aqui em Taquaritinga não tem mais acontecido pois com todo o apoio e assistência técnica que tem recebido o homem do campo esta tendo a satisfação de viver onde realmente ele quer e gosta e nós que tanto dependemos e reconhecemos a sua importancia, falamos como uma musica de grande sucesso dos irmãos Dom e Ravel “OBRIGADO AO HOMEM DO CAMPO”.   


   
                                                            

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O Amor Secreto




A noite começava; o bacurau expunha sua cor e pulava de canto a canto da vereda. As caiporas assobiavam e as muriçocas soltavam suas zoadas. A esta altura, os galos de campina já pernoitavam nos galhos de avelós e sonhavam com o clarear do novo dia mais alegre, ou seja, com um roçado cheio de covas de milho, sem a presença de um menino para bater lata e espantá-lo. É que o malvado galo de campina e o xexéu não deixam uma cova de milho em paz. Eles com seus bicos afiados arrancam uma a uma para comer o milho ou o feijão plantado. No entanto, estão perdoados, pois só o canto do galo de campina encanta a vida. Sem o galo de campina o nordeste seria uma Roma sem o Coliseu, o Rio de Janeiro, sem o Pão de Açúcar e o Maracanã, ou seja, não tinham tanta beleza. Ou ainda o Piauí sem o Rio Parnaíba.
Os papagaios, que voavam de um lugar para outro, indo e voltando das serras e dos serrotes da fazenda de seu Agnelo Pedrosa. Ao anoitecer e ao amanhecer as aves verdes e falantes passavam voando e cantando por Serra dos Bois, inquietando o juízo do menino que gostaria de saber onde ficava a casa dos papagaios. Parecia que eles moravam no Bandeira, ou no serrote de Mãe Zita, onde juntamente com os mocós davam um ar alegre àquele lugar.
Assim ia-se levando a vida. Bastando para tanto um café bem forte, um cigarro de palha ou cachimbo para se tirar um trago. Quando o fim de semana chegava corria-se para o Jerimum, pois lá era certo que tinha um forró.
De forró em forró Theobaldo Farias encontrou sentido para sua vida pacata que levava nos campos de Serra dos Bois. Certa vez, quando chegava ao Jerimum Theobaldo, com seu sexto sentido, logo pensou e falou para seu amigo Leôncio Matoso:
- Hoje, Leôncio, eu arrumo uma namorada.
Passava o jovem Theobaldo Farias e o solteirão Leôncio Matoso, pela casa de seu Raimundo Gomes, no sentido de Serra dos Bois ao Jerimum. E Leôncio Matoso, com seus 50 anos, solteiro e virgem que nunca namorou, começou a rir. E só quando passavam perto da casa de seu Aniceto é que Theobaldo Farias se irritou e respondeu ao seu estilo.
- Por que você rir de mim, se nunca arrumou uma namorada?
Leôncio Matoso, que não tolerava perguntas relativas à sua vida  íntima não gostou e partiu para o ataque:
- Isso não é de sua conta. Eu não arrumei namorada alguma porque não quis e isso é uma questão que diz respeito somente a minha pessoa e você não se meta aonde não foi chamado.
Prosseguiu o solteirão.
- Não arrumei namorada, na opinião do povo mau falador de Serra dos Bois e de Gravatá do Ibiapina. Gravatá do Ibiapina, porque todo mundo de Serra dos Bois tem origem em Gravatá. Só que ninguém sabe que eu amei e amarei para sempre o único amor de minha vida. Só eu e ela é que sabemos da existência de nosso amor secreto.

Os dois amigos chegaram à vila do Jerimum e na bodega de Ismael de João Nogaia Leôncio Matoso terminou de contar sobre seu amor, após uma boa dose de conhaque.

- É que seu pai de minha amada era homem rico e importante da região não permitiria que ela se casasse comigo, um pobre e com a calça rasgada. E para não fazê-la sofrer fizemos um pacto: nós nos amaríamos para sempre, pois para se amar não é preciso se casar ou se viver juntos. O verdadeiro amor é àquele que nos alimenta, nos completa e nos deixa viver sem mágoas ou rancores. A vida não comporta os que não compreendem o que é amar.

Emocionado Theobaldo Farias voltou para casa, não foi mais ao forró e procurou viver como um ermitão, só que se esqueceu de que para amar é preciso ter um amor, mesmo secreto como o amor de Leôncio Matoso.
Por: Antônio Martins de farias