terça-feira, 23 de junho de 2015

Festa de São Pedro





                                  
A comunidade de Serra dos Bois, convida todos a participarem da festa do padroeiro São Pedro que acontecerá de 26 a 29 de junho, todas as noites haverá celebração da santa missa depois bingo, leilão e quermesse. E no sábado dia 4 de julho acontece a festa social com chegada de lenha a partir da 14 horas e a noite shows com Socorro e Mazé e depois, é a vez do prata da casa, Netinho do acordeom e banda forró dos inocentes fechando com chave de ouro, não percam. 



quinta-feira, 18 de junho de 2015

O Guerreiro Com Sua Espada


Seu Amaro Inácio e dona Antonia. Um casal que por muitos anos morou em Serra dos Bois, Taquaritinga do Norte, PE. Na verdade, morava nas Lages, propriedade de tio Manoel Ludugero. Depois eles se mudaram para o Riacho Doce, onde seus filhos foram criados. Infelizmente, seu Amaro Inácio já se foi para a vida eterna.
De sua família pouco ou quase nada sei. Embora com ele tivesse uma convivência duradoura e muito proveitosa que até, hoje, guardo como patrimônio de minhas saudades e o agradeço pelo enorme saber que  me passou.
Seu Amaro Inácio era um caçador e por isso nos aproximamos dele. Havia outra razão: Ele era muito amigo de meu pai, e muitas vezes, à noite, ou pela madrugada nos acordava para contar suas aventuras e tomar um café, proporcionando um bate papo alegre que levara ao amanhecer do dia, sem que a gente percebesse. Ele tinha um jeito todo especial de contar belos casos. Não se sabe como ele aprendeu a dosar as palavras, aumentar ou diminuir o som e sabia com maestria estabelecer o clímax ou o final de cada estória.
Seu Amaro Inácio vivia no mato, nas matas caçando e conversando com os espíritos. Provavelmente nunca foi a uma cidade maior do que Gravatá do Ibiapina. Ele amava o campo, a roça, a natureza, enfim.
Sua cachorra era esperta e muito caçadeira. Tio Euclides Borges, eu e meu irmão formamos uma espécie de parceria com ele, e passamos muitas noites na manga (fazenda) de seu Agnelo Pedrosa, caçando tatu, tamanduá e outros bichos. (Antes que me critiquem, devo dizer que acho, hoje, isso tudo politicamente incorreto, pois defendo a preservação da natureza), embora ache que o homem, na sua essência, deve ser defendido e protegido como os animais o são, nos dia de hoje. E nós caçávamos por uma questão de sobrevivência, quando nos faltava alimentos.
Ora, a natureza fez os animais e para eles deixou seus predadores. Só que, nós animais racionais, não tínhamos predadores, até a descoberta do acúmulo de bens. Após a invenção da riqueza encontramos um predador para o ser humano – o ser humano.
Aliás, seu Amaro Inácio carregava uma espada e a situação precária por que passa o Brasil, só redescobrindo o poder do guerreiro, com sua espada para dar um jeito no Brasil.

Antonio Martins de Farias