terça-feira, 22 de outubro de 2013

Contagem regressiva para a 3ª missa e festa dos Vaqueiros de Serra dos Bois


Taquaritinga do Norte, a Dália da Serra, já aguarda com ansiedade a realização de mais uma das suas festas de grande importância cultural: a 3ª Missa e Festa dos Vaqueiros de Serra dos Bois, grandioso evento que já está inserido no calendário oficial de festividades do município e a cada ano amplia sua dimensão, se consolidando como uma importante celebração, religiosa e profana, que tem na figura do vaqueiro o seu grande homenageado.
A festa está programada para ocorrer nos dias 8 e 9 de novembro e uma vasta programação foi elaborada pela associação dos agricultores da comunidade e pela Secretaria de Turismo, Esportes e Desenvolvimento Econômico (SETURDE), e a expectativa é atrair um grande público e vaqueiros de toda região e da vizinha Paraíba, repetindo o sucesso de anos anteriores.
As ações da  comunidade e da Prefeitura de Taquaritinga são no sentido de desenvolverem um polo turístico e cultural na região onde o mote seja as atividades desenvolvidas pelos vaqueiros e a promoção do resgate da história do cangaço visto Serra dos Bois ter um antigo casarão onde se hospedava o cangaceiro Antonio Silvino e o seu bando.
A programação terá início na sexta-feira (8/11) a partir de 10 da noite, com shows de forró de Pedro de Bilau e Dani do Acordeom e no sábado (9), dia principal do evento, será realizada uma grandiosa cavalgada saindo da Vila do Jerimum puxada por Joãozinho Aboiador, Geraldinho, Américo e Wando Duda. A concentração será na Fazenda de Zé Amauri a partir de 10 horas da manhã com feijoada e sorteio de brindes para os vaqueiros inscritos e a saída está programada para as 2 da tarde e na sequencia, às 5 horas, será celebrada a tradicional missa do vaqueiro, seguida de bingo após o encerramento das atividades religiosas e muito forró com shows de Bardigão e Forró no Kilo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Prato de Pirão e a Eleição


 

Antigamente o dia da eleição era uma festa. Em Gravatá do Ibiapina existia duas facções políticas. Era esta bem dividida. De um lado se postava o grupo de Zé Pereira e Antonio Cumaru, de outro o grupo de seu Mocinho, Amaro Galdino e Rozendo Leandro, mas tarde aparece a liderança de Naelson Pessoa.
Na minha família havia uma divisão política que causava, às vezes, alguns desentendimentos passageiros, mas que acarretavam prejuízos irrecuperáveis. A exemplo: tia Nina era eleitora de Miguel Arraes e o resto da família eleitora de João Cleofas. No dia da eleição, os eleitores de Cleofas eram autorizados a almoçar no Hotel de Elói. Dizia-se que teria carne de boi a vontade. Saímos de Serra dos Bois para Gravatá do Ibiapina, num caminhão velho e ansiosos para comer carne, produto raro na casa de pessoas com poder aquisitivo baixo. Acontece que no Hotel de Elói, neste dia, o que nos foi servido foi um feijão queimado. A carne de boi não apareceu. Depois do feijão queimado fomos tomar café com pão na casa de tia Luiza.
Como a rivalidade política era grande, não se podia descer muito à rua em direção à casa de Zé Pereira nem da casa de seu Antonio Cumaru, porém menino tinha, naquele tempo, carta branca para transitar por todos os lugares. Daí, entramos na casa de seu Antonio Cumaru. E, para nossa surpresa a cozinheira era tia Nina. Ela quando nos viu mandou-nos que sentássemos no funda da casa, ou melhor, do quintal. Em poucos minutos tia Nina trouxe um prato de carte e muito pirão para nós.
Papai e mamãe votaram e perderam a eleição, pois João Cleofas não ganhou, mas eu ganhei um prato de carne e outro de pirão que valeu por muitas eleições.

Antonio Martins de Farias: