quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Natal AASB

Desejamos aos membros associados, amigos e colaboradoress, um Natal repleto de paz e saúde, e um 2012 de muitas realizações.
São os votos da comunidade de Serra dos Bois e da AASB!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A vila do Jerimum

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              Há poucos dias, neste mesmo blog, falou-se do sítio Barrocas, cuja propriedade foi legada ao nosso querido João Borges da Costa. Falou-se também de outros lugares, mas o nosso querido Jerimum nunca esteve esquecido, pois lá muita gente boa conviveu, convive e conviverá para sempre com nossos queridos moradores do sítio Serra dos Bois, ou Serra dos Aleixos, como é conhecido pelos jerimuenses mais antigos.
            Nossos ancestrais conviveram com moradores do Jerimum como: seu Manoel Caetano, seu Júlio Gomes, seu Amaro Minerva, Apolônio Matias, Seu Manoel e seu Raimundo Gomes. Resta, ainda, lembrar-se de João Nogaia, de seu Biu Gangarro; além da família Carola. Seu Manoel Lulu, este morador quase já no Minguaiú.
            Neste lugar temos uma igreja, cujo padroeiro é São Sebastião e sua festa acontece geralmente todo dia vinte de janeiro de cada ano. Teve e ainda tem muita influência a família Arruda. Tendo seu Severino Arruda, seu patriarca, sido prefeito de Taquaritinga do Norte e proprietário da fazenda Boa Vista, vizinha de nosso Jerimum. Esta fazenda serviu muito para possibilitar trabalho para a mão de obra do lugar. No Jerimum todos eram e são agricultores; tendo  na agricultura de subsistência a sua marca maior. Os roçados não eram muitos bons, pois é um local que tem muita pedra e poucas vazantes existiam, mas sempre chovia no Jerimum.
            O fato de Deus gostar de mandar chuva para o Jerimum é por causa de que este povo é muito festeiro. Lá por qualquer motivo se fazia um forró. Sempre aparecia um sanfoneiro para tocar, às vezes de graça. Todo mês de maio era uma festa. Os terços em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, fazia a alegria dos rapazes de Serra dos Bois que iam ao Jerimum para namorar. Muitos casaram e são felizes até hoje. Não se tem notícia de traição no lugar.
            Não podemos esquecer que teve um dos moradores marcantes desta terra o velho Chico Quinta, pai de uma família grandiosa e, hoje, existem muitos descendentes. Havia também o seu Aniceto, que deixou também muitos descendentes na terra de Manoel Caetano e Biu Amaro. Vizinho de Pedra Preta, o Jerimum foi palco para Zezé João namorar e tomar aguardente na bodega de Ismael Nogaia.
            Absolutamente certo estamos que muita gente foi esquecida, mas é devido ao próprio homem que é falho, mas a homenagem que fazemos a este querido lugar cobrirá qualquer falha que por acaso cometemos. O povo do Jerimum merece todo respeito e consideração, pois é um povo trabalhador, honesto e festeiro.
Por: Antônio Martins


Caloteiros

     
     Um politico de Taquaritinga do norte muito conhecido e um comerciante ambos residentes nos distritos do município, deram calote nos organizadores da missa e festa do vaqueiro de serra dos bois, os mesmos se comprometeram em patrocinar com um valor X e não cumpriram o acordo, sendo que o comerciante, só pagou 50% e o politico ainda esta em divida com o valor total está esperando que seja quitado os valores no máximo de 20 dias, ou seremos obrigados a divulgar os nomes dos mesmos o que não será bom para a reputação dessas pessoas, principalmente do politico, precisamos honrar nossos compromissos, pois não somos obrigados a assumir mas depois de assumidos somos obrigados a cumprir.

por: Geraldo Filho


Presidente: Da associação de agricultores de Serra dos Bois

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Biografia de Antonio Martins de Farias


Antônio Martins de Farias é filho natural de Serra dos Bois. Seus pais são Hermes Ludugero de Farias e Emília Martins. Hermes já é falecido, enquanto Emília, no alto de seus 89 anos, mora em Serra dos Bois. Hermes e Emília tiveram seis filhos: Ananias, Bernadina, Paulo, Antônio e Maria gêmeos, e Carlinda.
Antônio Martins de Farias, doravante apenas Antônio, estudou por um tempo com Silva Borges, nas Barrocas, município de Barra de São Miguel, próximo a Serra dos Bois. Estudar com Severina Borges da Costa, tia Silva, é um dos maiores orgulhos que Antônio guarda como um troféu.
Quando completou 18 anos Antônio vendeu duas cabras; comprou uma mala, duas calças e duas camisas e se transferiu para o Rio de Janeiro.
Na cidade maravilhosa foi trabalhar como faxineiro e porteiro de um condomínio, na Av. Rui Barbosa, cujo porteiro chefe, era seu Elias Amâncio, natural de Frei Miguelinho, que lhe forneceu um emprego. Naquele edifício só morava pessoas muito ricas e não falavam Português. Antônio achava aquilo muito esquisito, pois não sabia nem falar a língua pátria. Dez meses depois foi contratado para trabalhar em uma empresa de mineração. Nesta empresa foi estimulado a estudar. Após muita insistência, Antônio se matriculou no curso noturno do Colégio Santo Inácio, dos Jesuítas. Neste colégio completou o ensino de primeiro grau e iniciou o de segundo. Só que a empresa em que trabalhava foi transferida para Brasília, em 1983. Na Capital Federal, Antônio completou seu segundo grau e fez sua primeira faculdade de Ciências Contábeis. Em 1991, voltou a residir na cidade do Rio de Janeiro e atualmente exerce a profissão de Contador e em 2011 concluiu o curso de Direito. E, neste momento, já se prepara para fazer a prova da OAB.
Antônio e sua esposa Inês vivem juntos há 14 anos. Embora Antônio, por razões econômicas não tenha frequentado Serra dos Bois, nunca a esqueceu. Atualmente é um dos colaboradores do Blog da Associação dos Agricultores de Serra dos Bois. Seu prato predileto é buchada de Bode e seus cantores preferidos são Luiz Gonzaga e Frank Sinatra.
            Nas veias de Antônio corre sangue pernambucano e política. Antônio já colaborou em diversos jornais sempre falando de política. Seu passa tempo preferido é ler um bom livro.


Geraldo Filho        

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Festa de Nossa senhora, em Gravatá do Ibiapina

 
 
Prefeito Evilazio, Lero, Fabio e Zeca na Missa de Encerramento
 
 
 
 
Ruas de Gravata tomadas por uma grande multidão
 
 
Fotos de Alberes Xavier
 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O baile de Dona Jacinta


Passeando pelo Bandeira encontrei Adelino que me disse:
- Moço vá à casa de Jacinta, no próximo sábado, que terá um sanfoneiro animando uma festa. Se não houver briga vamos dançar a noite toda. Traga sua cabrocha que mulher daqui não dança com quem é de fora. Nesta festa só não vai Du Santo, que como o nome diz é muito católico e parece que não gosta de dançar.
Na festa estavam seu Amaro Inácio, seu Zé Macambira, Seu Miguel Severino e Doda Bernadino. O Bandeira estava em festa neste dia. Só faltou seu Ginu.
Na festa, dançava todo mundo: Felipe com sua esposa; Seu Bernadino com dona Raimunda e Neco Adelino. João Adelino dançava dom dona Josefina e Cosme com sua esposa. Antônio de Sinésio com Olivia Ramos.  Só faltava Damiana que chegou mais tarde com seu Biu Quinca, mestre em por cabo em enxada, foice e machado da região. Faltou Amaro de Ginu. De Pedra Preta veio Zezé João e seu Paizinho.
Seu Izidio só apareceu bem tarde. E quando chegou já estava quase embriagado e por causa disso tentou acabar com o forró. Puxou de uma peixeira e foi logo dizendo:
- Aqui, caboco, ninguém dança enquanto não se tomar uma pinga, das boas, que eu mandei buscar na Bonita. Bonita era como se chamava Alcantil. Lá tinha uma pequena bodega e vendia até “cachaça de cabeça”. Mesmo que o responsável pelo botequim fosse Zuzinha de Pedra Preta.
Com o alvoroço o fole parou. Dona Jacinta, dona da festa, que estava na cozinha fumando um cachimbo de barro, veio pra sala e logo perguntou o que aconteceu. Ocorre que a esta altura o sanfoneiro, já se encontrava a beira da estrada, escondendo sua sanfona, com medo de que um bêbado malvado, com uma peixeira, rasgasse-se seu instrumento de trabalho – a sanfona, amada por todos.
 Era um instrumento velho, com alguma tecla bem desgastada e um pouco desafinada, porém com o barulho do triângulo, da zabumba e do pandeiro não se percebia o tom desafinado. Todo mundo estava mesmo era preocupado com o cheiro do cangote da cabrocha e com o namoro que nascia e se acabava também.
Dona Jacinta, parteira e mãe de todos os que nasceram no Bandeira foi logo dizendo:
- Izidio, quem manda aqui sou eu e se tu queres acabar com o baile que o faça em tua casa. É, na tua casa, que os forrós têm fama de se acabar quando os garotos de Serra dos Bois vêm jogam pelo de jegue ou de gato pelo chão; provocando um mau estar nas pessoas que em poucos minutos não conseguem dançar de tanto coçar o nariz. Izidio obedeceu à Jacinta e forró recomeçou.
Era noite de lua cheia. De Céu azul e com muito vento. Vento frio que chegava da Serra do Jaburu, trazendo um olor ou cheiro de flor de café. Neste momento quem morava nas redondezas podia ouvir o som da sanfona e correr ao Bandeira, pois sabia que podia dançar a noite inteira.
Pouco tempo depois chega o compadre José Agostinho, mas conhecido como Zé de Olívia. Este amigo de todos chamou uma cabrocha e dançou a noite toda, só voltando à Serra dos Bois, lá pelas quatro horas da madrugada para tirar o leite das vacas de Aleixo Joaquim. Também estava na festa Adelson de Joaninha Marreiros. Este não dançava, pois ele gostava das mulheres, entretanto, as mulheres nunca gostavam dele. Tinha Zé Marreiros, seu irmão e namorador que dançou a noite toda também. Em pouco tempo chegava para o baile Manoel de Lulu. Manoel era um poeta e grande amigo de todos. Estava na festa Maria Clara, Gorete e Ivonete. Luzinete que namorava o sanfoneiro era única que não dançava. Estavam presente também Geraldo de Arnóbio, Abidon e Ivanildo.  Nesta noite, também veio de Gravatá Biu Cocada, Gino e Flor. Foi uma festa medonha e ninguém acabou. Só não entendi porque quando eu ia dançar o despertador tocou e era dia de trabalhar. O baile de dona Jacinta foi um sonho que não devia nunca acabar.


Antônio Martins de Farias