terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A vila do Jerimum

.

              Há poucos dias, neste mesmo blog, falou-se do sítio Barrocas, cuja propriedade foi legada ao nosso querido João Borges da Costa. Falou-se também de outros lugares, mas o nosso querido Jerimum nunca esteve esquecido, pois lá muita gente boa conviveu, convive e conviverá para sempre com nossos queridos moradores do sítio Serra dos Bois, ou Serra dos Aleixos, como é conhecido pelos jerimuenses mais antigos.
            Nossos ancestrais conviveram com moradores do Jerimum como: seu Manoel Caetano, seu Júlio Gomes, seu Amaro Minerva, Apolônio Matias, Seu Manoel e seu Raimundo Gomes. Resta, ainda, lembrar-se de João Nogaia, de seu Biu Gangarro; além da família Carola. Seu Manoel Lulu, este morador quase já no Minguaiú.
            Neste lugar temos uma igreja, cujo padroeiro é São Sebastião e sua festa acontece geralmente todo dia vinte de janeiro de cada ano. Teve e ainda tem muita influência a família Arruda. Tendo seu Severino Arruda, seu patriarca, sido prefeito de Taquaritinga do Norte e proprietário da fazenda Boa Vista, vizinha de nosso Jerimum. Esta fazenda serviu muito para possibilitar trabalho para a mão de obra do lugar. No Jerimum todos eram e são agricultores; tendo  na agricultura de subsistência a sua marca maior. Os roçados não eram muitos bons, pois é um local que tem muita pedra e poucas vazantes existiam, mas sempre chovia no Jerimum.
            O fato de Deus gostar de mandar chuva para o Jerimum é por causa de que este povo é muito festeiro. Lá por qualquer motivo se fazia um forró. Sempre aparecia um sanfoneiro para tocar, às vezes de graça. Todo mês de maio era uma festa. Os terços em homenagem a Nossa Senhora da Conceição, fazia a alegria dos rapazes de Serra dos Bois que iam ao Jerimum para namorar. Muitos casaram e são felizes até hoje. Não se tem notícia de traição no lugar.
            Não podemos esquecer que teve um dos moradores marcantes desta terra o velho Chico Quinta, pai de uma família grandiosa e, hoje, existem muitos descendentes. Havia também o seu Aniceto, que deixou também muitos descendentes na terra de Manoel Caetano e Biu Amaro. Vizinho de Pedra Preta, o Jerimum foi palco para Zezé João namorar e tomar aguardente na bodega de Ismael Nogaia.
            Absolutamente certo estamos que muita gente foi esquecida, mas é devido ao próprio homem que é falho, mas a homenagem que fazemos a este querido lugar cobrirá qualquer falha que por acaso cometemos. O povo do Jerimum merece todo respeito e consideração, pois é um povo trabalhador, honesto e festeiro.
Por: Antônio Martins


Nenhum comentário:

Postar um comentário