domingo, 27 de setembro de 2015

Um homem a frente do seu tempo

                                          

O secretário de agricultura do município de Taquaritinga do Norte Júlio Cezar Pontes, vem se destacando no agreste de Pernambuco como um dos secretários mais atuantes do estado, prova disso, foi o reconhecimento da FETAPE federação dos trabalhadores na agricultura do estado de Pernambuco, que realizou recentemente, um evento de capacitação no município e na oportunidade, os diretores enalteceram o excelente trabalho realizado pelo secretário. Firmando parcerias, orientando e organizando os agricultores, Júlio Cezar vem fazendo a diferença na forma de gerenciar a secretaria resgatando o autoestima dos agricultores, fazendo parceria e cumprindo com os compromissos assumidos. Esse é o caminho, ouvir o povo e trabalhar com foco nas prioridades identificando os pontos fortes e fracos, as ameaças e oportunidades. Trabalhar com planejamento e boa vontade sempre foi a marca de Júlio Cezar, pontuou o agricultor Geraldinho, ex-presidente da associação dos agricultores da comunidade de Serra dos Bois.  

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A Colonização da Nossa Região – Serra dos Bois e adjacências.



                          

Os habitantes nativos da nossa região pertenciam ao Grupo Linguístico Cariri, comunidades de índios (os índios Carniió). Cultivava mandioca, milho, feijão, algodão e praticavam a caça e pesca, a terra era a razão de existência dessas comunidades.
A colonização em nossa região começou no século XVII com os Bandeirantes para constituição das fazendas de gado, que exterminaram as Nações Indígenas. Assim as terras foram ocupadas pelos europeus estabelecendo as fazendas que destinavam-se à criação de gado bovino, equino, caprino, ovino, burros, jumentos e plantio de algodão, milho, feijão, jerimum e melancia.
Com o cruzamento de brancos e índios surgiram os caboclos, que se tornaram os vaqueiros, que pela sua bravura e veste de couro consegue dominar o gado, o solo pedregoso e a vegetação espinhosa da região.
Para Moreira, (1997) o boi que originalmente havia se fixado nas terras litorâneas, apoiando as atividades do engenho, vai sendo levado para o interior sempre seguindo o curso dos rios, formando os chamados caminhos do gado, originando os currais, as feiras de gado e em consequência, o aparecimento dos povoados e vilas que foram tornando-se cidades.

“A importância do gado nessa região foi tão grande que se fala até mesmo em uma civilização do couro. Além de fonte de renda monetária e de meio de subsistência alimentar (
carne/leite), o gado fornecia matéria-prima (couro) para uma série de bens utilizados pelo
sertanejo: vestuário, calçado, arreio e utensílios domésticos os mais variados (bancos, camas,
portas, etc.).” (Ibid., 1997, p. 73).

Os fazendeiros e vaqueiros, desta época, tiveram que enfrentar vários obstáculos, escassez da água, vegetação espinhosa, cobras venenosas, morcegos vampiros e as flechas certeiras dos índios.
“A vida isolada e solitária das fazendas, com pouca mão de obra e grandes áreas de pastoreio, foi um dos principais elementos para composição de uma sociedade semi-fechada e rústica, onde o trabalho tomava conta dos dias. Ferrar os bezerros, curar as bicheiras dos animais doentes, matar onças e cobras, abrir bebedouros e conduzir os rebanhos pelas caatingas foram forjando o homem sertanejo, numa mistura de nativos e colonos do além mar. Distantes do litoral, vão sendo absorvidos pelo lugar e criando novos valores culturais, embebidos de mitos e imaginação, mistura do religioso com o supersticioso. Assim, dos beatos ao malassombro das casas abandonadas, vão surgindo os curadores de bicheiras, as rezadeiras e muitas histórias propagadas pela literatura de cordel, também rústica, tanto na arte gráfica, quanto no rebuscar do português falado na região. Um misto da língua bugre (indígena) com o português não acadêmico que muitos colonizadores portugueses falavam. Um homem circundado por uma natureza mística, assumindo naturais superstições que são típicas de uma ingênua filosofia”. (Belarmino, 1999).

Por: Renato Lucena

Professor.