Em destaque, o vaqueiro Bento Barbosa o melhor da região com seu sobrinho Daniel
Tramita no
Congresso Nacional projeto de lei estabelecendo que para se registrar um fato
histórico é preciso possuir o diploma de Historiador. Como não pretendo fazer
esse curso, que é um dos mias importantes, procurarei ser rápido e ligeiro para
contar a História de Serra dos Bois, partindo de um ponto de vista estritamente
oral, que me passaram meus ilustres conterrâneos, sem a preocupação de buscar
documentos que comprovem tais fatos. Afinal, apalavra viva que deixaram nossos
ancestrais é mais que suficiente para o registro de um povo e suas tradições.
Bem antes da
implantação da República Serra dos Bois já era povoada. É que Ludugero Aleixo
da Cunha Porto e seus irmãos ali fixaram residências e criaram seus filhos.
Especialmente Ludugero e Aleixo Porto, deixaram muitos descendentes que até
hoje povoam este lugar tão gostoso de viver; um lugar cheio de belezas naturais
e de história. Afinal, Antônio Silvino e seus capangas faziam do serrote de Mãe
Zita, sua morada ou esconderijo, hoje, conhecido como “Rota do Cangaço”.
Ludugero
Aleixo da Cunha Porto foi casado com Zita. Tiveram os seguintes filhos:
Bernadino, Lina, Francisca, Manoel, Otília, Maximiano, Aleixo, Josefa, Floro e
Abdias. Tio Bernadino se casou e foi morou no sítio Serra Verde, município de
Boqueirão. Sua família, hoje, reside no município de Taquaritinga do Norte. Tia
Lina se casou com seu João Joca, morador do sítio Gavião, município de Frei
Miguelinho, não teve filhos e passou o resto de sua vida em Serra dos Bois, com
sua irmã Josefa (tia Zefinha).
Tia Francisca se casou com seu Amaro França e formou
a Família França composto por: Luiz França; Ludugero França, João França, Maria
França, Zita França, Zuzinha França, Ana França e Doralice França.
Manoel
Ludugero se casou com dona Aurea e morou sempre em Serra dos Bois. Foi um bom
pai e teve muitos filhos. A maioria deles foi morar na Zona Canavieira; somente
Adélia e Native fixaram residência em Serra dos Bois.
Otília se
casou com Ananias Idelfonso de Queiroz, morador do sítio Gravatá Mor, de São
João do Cariri. Este casal construiu o núcleo da Família Farias em Serra dos
Bois: Hermes Ludugero de Farias, Manoel Ludugero de Farias, Lindolfo Ludugero
de Farias, José Ananias de Farias, Maria Lieta de Farias e Antônio Ananias de
Farias. Somente Antônio Ananias de Farias fixou residência na cidade do Rio de
Janeiro e é pai de Joel Antônio de Farias.
Maximiano
Aleixo nasceu em Serra dos Bois, porém foi morar em Caruaru e teve os seguintes
filhos Aluísio, João e Carlinda.
Aleixo foi morar em Caruaru e se casou com tia
Ernestina, pessoa quito querida de todos de Serra dos Bois. Tio Aleixo e tia
Ernestina tiveram muitos filhos; todos naturais de Caruaru, terra do Coronel
Ludugero, que não tem nenhuma relação com Ludugero da Cunha Porto.
Josefa, carinhosamente
chamada de tia Zefinha nasceu e morreu em Serra dos Bois. Era uma pessoa
extremamente católica e nunca se casou.
Floro Ludugero
da Cunha Porto se casou com tia Nina Duda e moraram muitos anos por cidades
vizinhas e também foi carreiro na Zona da Mata Pernambucana, mas terminaram
seus dias em Serra dos Bois, deixando Jorge seu filho, pessoa muito querida por
todos em Serra dos Bois. Jorge é um esteio em Serra dos Bois e construiu com
sua esposa Eva, filha de Ludugero França e Maria uma família sólida em Serra
dos Bois.
Abdias
Ludugero se casou com Maria Aragão, tia Lili e teve muitos filhos. Sendo que
somente Maria nunca quis sair de Serra dos Bois. Os demais moram na cidade do
Rio de Janeiro, Caruaru e Alcantil.
A raiz da
família de Serra dos Bois tem também os Lino: Joaquim Lino, pai de Aleixo
Joaquim, João, Manoel, Bibiana, Josefa e Sancha. Aleixo Joaquim se casou com
dona Maria, filha de seu Ananias Marcos, grande vaqueiro paraibano, que residia
na fazenda Carro Quebrado, município de São João do Cariri, PB. Aleixo Joaquim e
dona Maria, tiveram os seguintes filhos: Joaquim Lino Castro Neto, nosso
querido Padre Joaquim, Raquel, José de Castro, Zé Pequeno, Maria e Raimunda. Manoel
Joaquim foi casado com Maria de Aleixo Chico e teve um filho, José Joaquim,
hoje, morador de Gravatá do Ibiapina, casado com sua prima Maria de Julia,
esposa de Zé Pereira, nosso eterno vereador. Bibiana, Josefa e Sancha não
deixaram descendentes, embora Sancha tenha se casado com Pedro Lino e Zefinha
foi casada com o senhor Ricardo.
Sempre me
causou curiosidade a origem de uma personalidade muito falada em Serra dos
Bois: Tinuto. Acontece que sabia nada a seu respeito. E, uma agradável surpresa
quando Apolônio Aleixo, filho de Pedro Aleixo, do sítio Tanque Raso, Boqueirão,
PB, me confirmou que Tinuto era irmão de Ludugero da Cunha Porto, juntamente
com Pedro Aleixo e Ricardo Aleixo, esse morador do Riacho de Santo Antônio.
Tinuto deixou filhos, embora não possamos até o presente momento saber mais
detalhes a respeito de sua vida.
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