sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Saudades para sempre



Velho Geraldo meu pai
Meu peito é cova de dor
A gente não combinou
Poema de despedida,
Essa coisa tão doída
Carregada de tristeza
Minha rima está presa
Entalada na goela
Hoje sinto banguela
A boca da alegria,
Apeou da montaria
Amarrou o seu cavalo
O corpo cheio de calos
Calos de sabedoria
Todo mundo vai um dia
Quando chega sua hora
Meu pai foi embora
Deixando a casa vazia
Dona Zita bem queria
Envelhecer do teu lado
E não te ver sepultado
Numa cova de cimento
Que toma de sentimento
O peito dos filhos teus
a saudade é como faca,
furando nos olhos meus
Descansa na paz de Deus
Meu velho Geraldo pacas !!!



Geraldo Filho.

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