Às vezes as lembranças chegam de repente e nos obriga a narrar o passado. Foi o que aconteceu dia 31 de dezembro de 2002. Fazendo uma incursão ao passado fui incumbido de iniciar minha viagem, tendo como ponto de partida o Riacho de Santo Antonio, vila pequena, mas que desde pequeno aprendi a amar.
Certo dia, Hermes, meu pai, resolveu fazer uma visita a este lugarejo e me convidou a acompanhá-lo. Chegando lá, conheci madrinha Guilhermina, parteira famosa desde a vila do Riacho de Santo Antonio à Fazenda de seu Agnelo Pedrosa. E dona Guilhermina ao ver Hermes foi logo dizendo:
- Compadre Hermes como vai? E a comadre Emília, por que não veio? Todo mundo para ela era compadre e comadre e afilhado. Eu tomei-lhe à bênção.
Foi um dia repleto de as boas lembranças. A alegria de ouvir a risada de Joaquina França, irmã de Luiz França. Era uma risada de uma entidade feliz que e nos recebia feliz. E sentir o aroma do seu cachimbo de barro com aquele fumo de rolo da melhor qualidade dava-me uma sensação de viver com um foco no passado e outro no futuro.
Apesar de não saber se tinha futuro, afinal ainda era uma criança.
Apesar de não saber se tinha futuro, afinal ainda era uma criança.
Não era madrinha Guilhermina a única parteira da região. Outras foram famosas tanto quanto à do Riacho de Santo Antonio. Muitas santas criaturas também ajudaram milhares de crianças a nascer. Como dona Jacinta, tia Lili e dona Sofia; esta estupidamente assassinada em Gravata do Ibiapina. Há que se reconhecer a grande Suzana, do posto de saúde de Taquaritinga do Norte.
As mulheres parteiras ajudaram ao Brasil a crescer, pois se não fossem essas criaturas muitas crianças teriam morrido, embora a ciência e a elite não tenham dado o valor que as parteiras merecem, mas Deus lhes consagram parteiras do Brasil. Salve madrinha Guilhermina, dona Jacinta, tia Lili e dona Sofia e todas àquelas que ajudaram as crianças do nordeste.
Por: Antônio Martins de Farias.
Por: Antônio Martins de Farias.
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