quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Homenagem ás parteiras

Às vezes as lembranças chegam de repente e nos obriga a narrar o passado. Foi o que aconteceu dia 31 de dezembro de 2002. Fazendo uma incursão ao passado fui incumbido de iniciar minha viagem, tendo como ponto de partida o Riacho de Santo Antonio, vila pequena, mas que desde pequeno aprendi a amar.
Certo dia, Hermes, meu pai, resolveu fazer uma visita a este lugarejo e me convidou a acompanhá-lo. Chegando lá, conheci madrinha Guilhermina, parteira famosa desde a vila do Riacho de Santo Antonio à Fazenda de seu Agnelo Pedrosa.  E dona Guilhermina ao ver Hermes foi logo dizendo:
- Compadre Hermes como vai? E a comadre Emília, por que não veio? Todo mundo para ela era compadre e comadre e afilhado. Eu tomei-lhe à bênção.
Foi um dia repleto de as boas lembranças. A alegria de ouvir a risada de Joaquina França, irmã de Luiz França. Era uma risada de uma entidade feliz que e nos recebia feliz. E sentir o aroma do seu cachimbo de barro com aquele fumo de rolo da melhor qualidade dava-me uma sensação de viver com um foco no passado e outro no futuro.
Apesar de não saber se tinha futuro, afinal ainda era uma criança.
Não era madrinha Guilhermina a única parteira da região. Outras foram famosas tanto quanto à do Riacho de Santo Antonio. Muitas santas criaturas também ajudaram milhares de crianças a nascer. Como dona Jacinta, tia Lili e dona Sofia; esta estupidamente assassinada em Gravata do Ibiapina. Há que se reconhecer a grande Suzana, do posto de saúde de Taquaritinga do Norte.
As mulheres parteiras ajudaram ao Brasil a crescer, pois se não fossem essas criaturas muitas crianças teriam morrido, embora a ciência e a elite não tenham dado o valor que as parteiras merecem, mas Deus lhes consagram parteiras do Brasil. Salve madrinha Guilhermina, dona Jacinta, tia Lili e dona Sofia e todas àquelas que ajudaram as crianças do nordeste.
Por: Antônio Martins de Farias.

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