sábado, 30 de abril de 2011

Nossa fáuna, urutau ou pai da lua

Urutau, o pássaro fantasma
Os urutaus(Nyctibius griseus) são aves noturnas restritas às regiões mais quentes do Novo Mundo, que pertencem ao género Nyctibius e à família Nyctibiidae. Também são chamados de pai da lua. O urutau é uma ave de hábitos noturnos. Sua alimentação é constituída basicamente de insetos que apanha em pleno vôo, principalmente os grandes, porém pode comer outros animais de pequeno porte, como morcegos, lagartos e pequenos pássaros. É uma ave que utiliza muito bem sua plumagem para se camuflar.
Normalmente se passa por um pedaço de madeira, um galho de árvore ou mesmo troncos partidos ou em pé. Costuma ficar estático, não se assustando facilmente. Não é uma espécie acostumada ao convívio urbano. O urutau é tido como nobre pelos moradores rurais por simbolizar força e pela forma como se protege dos perigos e dos predadores. A ave, por seu canto, figura entre várias lendas. Segundo os sertanejos, o urutau aparece na hora em que a lua nasce e seu canto triste se assemelha a “foi, foi, foi...” .

Um macho adulto pesa entre 160 e 190 g. Sua plumagem pode ser cinza ou marrom e o peito tem um desenho negro compactado. Sob os olhos, tem um chumaço de penas, mas quando abre os olhos tal saliência praticamente desaparece. Alcança 37 cm de comprimento e uma envergadura de 85 cm.É a espécie mais comum da família, podendo ser encontrada em todo o Brasil.A fêmea bota um ovo salpicado, numa cavidade natural do extremo de um tronco de árvore e choca em posição ereta. Macho e fêmea incubam o ovo por cerca de 33 dias. Habitam cerrado, orla da mata, campos com palmeiras e árvores.
É lindo uovir o pai da lua cantar ao anoitecer no alto da serra do cangaçeiro por trás da capéla de são Pedro em serra dos bois,onde á uma grande população deles,urutau,pai da lua ou ave fantasma,ele é um orgulho para nossa fáuna que está se recuperando das agreções causadas pelo homem.

Serra dos bois minha amada terra: 

Direito do consumidor



O homem sempre teve uma preocupação com as obrigações. Em Roma o direito tratava de forma muito brusca o devedor. Devemos entender que obrigação implica em um sujeito exigir de outro uma determinada obrigação; podendo ser um fazer ou não fazer ou pagar. O sujeito que pode exigir do outro ou de outrem chamamos de sujeito ativo. E aquele que se obriga ou assume a obrigação de fazer, não fazer ou pagar a obrigação é o sujeito passivo, ou seja, o devedor da obrigação.
Quando nos referimos ao direito sempre devemos pensar na igualdade. A igualdade formal e a material. Desde os tempos de Sócrates que o homem busca a isonomia. Embora, em Roma, o direito tinha uma preocupação maior ou mais favorável para com o credor da obrigação. Se o devedor não pudesse honrar seu compromisso ou a obrigação tornava-se, junto com sua família, escravo do credor.

A ciência jurídica não pode ficar alheia às mudanças sociais. A Revolução Francesa de 1789 assegurou que o princípio da igualdade passasse a ser uma dever que o Estado tem que aplicar ao seu ordenamento jurídico. O Brasil foi durante muitos anos colônia de Portugal e seu ordenamento jurídico sofreu influência daquele país e também do direito romano. Como se percebe o direito aplicado no Brasil até 1917, foi o direito português. Nosso Código Civil de 1916 tinha por base a isonomia das partes, ou seja, todos eram iguais perante a lei. Só que esta igualdade nunca atendeu ao anseio do povo, pois se sabe que existe sempre um mais forte na relação jurídica. Havia uma desigualdade latente em nosso direito.

A Constituição de 1988 estabeleceu que o Brasil fosse um Estado Democrático de Direito e tendo como fundamentos a cidadania e a dignidade da pessoa humana; além do compromisso de se criar uma sociedade justa e solidária. Apesar de em seu artigo 5º Caput, assentar a igualdade formal, ou seja, todos são iguais perante a lei, criou a igualdade material, no mesmo artigo 5º, inciso XXXII, ao determinar que o Estado promovesse na forma da lei, a defesa do consumidor. Em seu artigo 170, inciso V assegurou que a Ordem Econômica devesse respeitar o principio de defesa do consumidor. Foi mais além, nosso legislador constituinte, ao mandar que se fizesse um código de defesa do consumidor, conforme artigo 48 do Ato das Disposições Transitórias.
por:Antonio martins 

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Serra dos bois recebe programa terra pronta


Pensando na auto-sustentabilidade dos agricultores taquaritinguenses, a Secretaria Municipal de agricultura e pecuária, implantou o programa terra pronta em parceria com o IPA que visa atender os agricultores, mais de 500 pessoas serão beneficiadas com o programa, todos os agricultores foram cadastrados e receberam sementes de milho e feijão. É mais um programa que visa atender a agricultura familiar, segundo os agricultores residentes no Sitio serra dos bois“o corte de terras chegou na hora certa. O prefeito Evilázio Araújo, o estencionista do IPA  Evandro Bezerra e o secretário de agricultura Julio Cesar, acompanharam a distribuição das sementes e frisaram a importância da agricultura familiar na produção de alimentos.    

Trator arando terra em serra dos bois




quarta-feira, 27 de abril de 2011

Resgatando a história

ARNÓBIO

Iniciamos nossa série Família de Serra dos Bois, escrevendo sobre Abdon e, nesta ocasião, lembramo-nos de Arnóbio. Ele era filho de José Genuíno e Josefa. Nasceu em Gravata, mas se criou em Serra dos Bois. Era neto de Aleixo da Cunha Porto, irmão de Ludugero da Cunha Porto, nosso patriarca.
Segundo Hermes, Arnóbio foi um menino levado; com suas travessuras esqueceu-se de aprender a ler e a escrever com sua professora Maria Porto. Maria Porto fora discípulade Mestra, professora trazida por Ludugero Porto para ensinar sua família em Serra dos Bois.
Arnóbio casou com Maria que era filha de Gravata. Arnóbio e Maria tiveram os seguintes filhos: José, Josefa ou Zefinha, Geraldo, Mailda e José, este, mais novo ficou conhecido por Neném.
Quem frequentava à casa de Arnóbio era bem recebido. Ele tinha um gênio muito forte e não escolhia ninguém quando ligava sua antena parabólica. Se tivesse alguma coisa a dizer dizia. Não se importava com as consequências. Bom sujeito e um bom papo também. Arnóbio costumava se ligar em tudo em sua volta. Gostava de conversar e seu assunto era eclético. Falava dos outros e da família. Era servidor, porém de mão fechada também. Em sua casa teve festas marcantes, como a comemoração da vitória de Antonio Andrade, em 1963, que ganhara de Severino Arruda a prefeitura de Taquaritinga do Norte.
Lembrar-se de Arnóbio é manter viva a historia de Serra dos Bois, pois ele teve um amor incondicional para com nossa terra. Quando foi obrigado a sair, foi um momento muito difícil em sua vida. Só foi embora porque em sua casa começou aparecer alma penada.
Pode até alguém não gostar de Arnóbio, mas ele merece uma homenagem. Eu gostava muito dele e sinto muita saudade também.
Por:Antonio Martins 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pascoa tempo de reflexção

Psiu...Mensagem - Foto

Você mesmo, que está aí olhando...

Que tal uma paradinha para refletir... e refletir sobre você ...

Pensar em tudo de bom que existe aí dentro desse coração!
Saiba que você é uma pessoa maravilhosa, capaz de fazer muita coisa boa, útil e expressiva,
e que no seu coração estão guardadas coragem e confianças suficientes para realizar seus desejos.
Mas não se esqueça, de buscar em cada minuto de seus dias, motivos de alegria e esperança,
não se importando com as situações adversas que aparecem.
Você deve escolher ser feliz e tornar isso possível, com pensamentos positivos,
não perdendo nunca o entusiasmo pela vida e pelo amor, mas principalmente,
tendo a certeza de que Deus sempre abençoa quem ama e quem faz da vida um prazer.
Um dia maravilhoso com muita Paz para você!  São os votos da diretoria da AASB a todos sócios, amigos, e colaboradores.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

é tempo de plantio

Os agricultores de Serra dos bois  estão otimistas com a chegada das chuvas na região que vem caindo aos poucos, o que se ver é agricultores alegres preparando suas terras para o plantio, é só você da uma volta em alguns pontos da comunidade que encontra plantações e agricultores satisfeitos com o período chuvoso, alguns acham um pouco tarde para o plantio, mais acreditam que se as chuvas continuarem ainda á tempo para  obter bons lucros.
Plantação de milho

terça-feira, 12 de abril de 2011

momentos que não sairão da nossa memória

Os dias 16 e 17 de outubro de 2010 foram marcados por muitas lembranças e sorrisos...
Entre amigos comemoramos o dom da vida, e a felicidade de termos amigos que compartilham conosco momentos bons e que estiveram conosco também nos momentos que precisamos de uma mão amiga.
A felicidade é um dom para quem sabe lapidá-lo...
Momentos que ficarão em nossa memória como marco de vida e amizades...
Serra dos bois minha amada terra:

Arvores da caatinga

A barriguda é conhecida por paineira,
 isso se deve ao fato de seus frutos quando secos liberarem a paina, que antigamente usava-se muito para encher travesseiro. Árvore típica do Brasil, muito encontrada na Caatinga, sendo bastante resistente a seca já que guarda água em seu interior. Possui um caule gordo (daí o nome Barriguda) podendo chegar a 1 metro de diâmetro, nele há uma incidência enormes de espinhos. A madeira é mole, leve e de pouca durabilidade. Suas flores são brancas ou róseas. O fruto aparenta a um mamão verde, porém, ao contrario do mamoeiro esses ficam pendurados nas galhas feitos pinhas e não no caule. As sementes enquanto dentro dos frutos estão envoltas a paina que ao serem levadas pelo vento, quando os frutos rompem, acaba ajudando na dispersão. Ela pode chegar, quando adulta, a 10 a 15 metros de altura. Possui copa larga e muito ramificada. No inverno perde toda a folhagem e ganha às flores.
Classificação científica:
Nome Científico: Chorisia glaziovii.
Reino: Plantas.
Divisão: Angiosperma.
Família: Bombacaceae.
Habitat: Nordeste brasileiro,
Serra dos bois, minha amada terra: 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Outro gravatá

Pé de gravatá


Todo morador de Serra dos Bois é parente, mesmo que distante, da família de Mateus de Farias Castro, fundador do sítio Gravatá Mó, que fica no município de São João do Cariri, na nossa querida Paraíba.
Lá fixou residência o patriarca, que foi supostamente nasceu dia 23/03/1837, cujo registro de seu batizado consta como tendo sido no dia 28/03/1837, com seis dias. Não sei mais nada a respeito dele. É pena, pois nossos ancestrais nunca devem ser esquecidos.
A ramificação “Castro” nos leva a Serra dos Bois por conta da família de Aleixo Joaquim e de Pedro Lino. Além de que minha vó, tia Otília, foi casada com Ananias Idelfonso de Queiroz, filho de Mateus de Farias Castro. Otília e Ananias tiveram os seguintes filhos: Hermes, Manoel, Lindolfo, Lieta, José Ananias e Antonio Ananias. Todos foram criados e construíram família em Serra dos Bois; só tio Antonio Ananias fixou residência na cidade do Rio de Janeiro. Este nos deu todo apoio aqui na cidade maravilhosa. Antonio Ananias teve em toda sua vida três paixões: Tia Mercês, Joel e o Flamengo, além de um coração que abraçou todos que lhe procuraram.
Ir de Serra dos Bois ao sítio Gravatá Mó é para mim, guardada as devidas proporções, uma espécie do caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Saiamos bem cedo de Serra dos Bois, entravamos pela estrada da Barra de São Miguel; passávamos pela fazenda de seu Agnelo Pedrosa; Abílio Pedrosa; até a estrada que ia em direção à Cachoeira, local da fazenda de seu Ismael Maon. Lá, por volta de meio dia, éramos recebidos na casa de Neném de Jota. Comia-se um bom feijão e, à tarde, depois de quebrar o sol, seguíamos em direção à vila de São Domingos. Atravessávamos o Rio Paraíba e pernoitávamos na casa de seu Ananias Marcos, sogro de Aleixo Joaquim.
Quando amanhecia o dia nos dirigíamos ao sítio Gravatá Mó. Chegava-se lá por volta de nove horas. O belo desse sítio é o povo. Todos são maravilhosos. A família Costa, Antonio Mateus, tio Laurindo, Nazinha e Nestor Farias.
No sítio Gravata Mó, fica também nossa origem, a lembrança de nossos ancestrais e o Roçado do Couro, da Pedra do Couro.Só sinto uma pequena mágoa: Hermes nunca levou meu padrinho Geraldo Francisco Barbosa ao outro gravatá.
Por:Atonio Martins

sábado, 9 de abril de 2011

Uma de nossas relíqueas

o_pilao_de_mamae
Na térra que fui criado existiam muitas coisas que não sairão jamais da minha lembrança, muitas dessas coisas já foram devastadas pela a ação do tempo e do abandono, e outras são paisagens de quando eu era criança e a ação humana ou digamos desumana, destruiu tudo como, por exemplo, árvores seculares derrubadas brutalmente a golpes de machado para transformar-se em carvão ou serem incineradas em fornos de olarias ou padarias visando apenas o retorno financeiro sem se importarem com a questão do meio ambiente e nem o valor histórico dessas árvores.
Mas entre as relíquias desse passado ainda existe um velho pilão daquele com cintura fina sextavada e com duas bocas feitas artesanalmente, esculpido em miolo maciço de baraúna.
O citado pilão que passou muito tempo em completo abandono exposto ao sol e a chuva o que o deixou um pouco corroído.
Foi doado a minha mãe que cuida dele com muita responsabilidade e senso de preservação, como cuida também de outras peças antigas e históricas que foram pertencentes aos nossos antepassados.
O pilão personagem dessa historia imagino que deve ter aproximadamente duzentos anos, pois já era um velho pilão quando minha mãe o adotou e era pertencente aos pais dos meus avós portanto dá pra calcular sem exagero que ele realmente seja bicentenário.
Nele vi mamãe trabalhar muito pilando café torrado ou mesmo despolpando o café ainda bruto, ou pilando milho pra fazer xerém ou mungunzá ou farinha de milho ou castanha, mas vencida pela idade que lhe tiraram as forças e pela modernidade de já se encontrar o café torrado e moído nas mercearias da época ela deixou de lado o velho pilão.
Serra dos bois minha amada térra:

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A cultura de um povo

   

Em Serra dos Bois só existe uma família. A prova é a foto dos dez filhos de tia Francisca e de seu Amaro França postada no Blog. Esta família é linda! Falar dafamília França é falar de nós mesmos. Tia Francisca era irmão de minha vó, Luiz França era meu padrinho de Crisma. Quando nasci, e mamãe esteve doente, fui criado uns meses por Maria França. Na casa de tia Neném o papagaio chama: “Antonio, vem comer o angu”! Na casa de mãe Zita tinha outro papagaio que gritava: “chiqueiro, chiqueiro”! E as cabras bobas acreditavam e iam para o curral.
Em Serra dos Bois todo mundo comia no mesmo horário: às seis horas, pela manhã, se tomava uma xícara de café, às nove horas comia-se angu com leite de cabra, ao meio dia feijão com farinha e um pouco de carne. E à noite repetia-se o angu com leite. Só não era muito gostoso quando se tirava o leite das cabras à tarde, pois quando elas voltavam da Serra Lavrada, o leite cheirava e tinha gosto e o cheiro de alecrim do mato.
Na casa de Arnóbio, por influência da Pedra Preta ou de Gravatá,  tomava-se uma xícara de café pela manha; comia-se fava com farinha e carne ao meio dia e, à noite,repetia-se o angu com leite.
Somos a mesma família, pois até na maneira de se alimentar somos iguais porque o modo de comer e de fazer a comida é uma das mais importantes elos culturais de nossos ancestrais.
Por:Antonio Martins