Todo morador de Serra dos Bois é parente, mesmo que distante, da família de Mateus de Farias Castro, fundador do sítio Gravatá Mó, que fica no município de São João do Cariri, na nossa querida Paraíba.
Lá fixou residência o patriarca, que foi supostamente nasceu dia 23/03/1837, cujo registro de seu batizado consta como tendo sido no dia 28/03/1837, com seis dias. Não sei mais nada a respeito dele. É pena, pois nossos ancestrais nunca devem ser esquecidos.
A ramificação “Castro” nos leva a Serra dos Bois por conta da família de Aleixo Joaquim e de Pedro Lino. Além de que minha vó, tia Otília, foi casada com Ananias Idelfonso de Queiroz, filho de Mateus de Farias Castro. Otília e Ananias tiveram os seguintes filhos: Hermes, Manoel, Lindolfo, Lieta, José Ananias e Antonio Ananias. Todos foram criados e construíram família em Serra dos Bois; só tio Antonio Ananias fixou residência na cidade do Rio de Janeiro. Este nos deu todo apoio aqui na cidade maravilhosa. Antonio Ananias teve em toda sua vida três paixões: Tia Mercês, Joel e o Flamengo, além de um coração que abraçou todos que lhe procuraram.
Ir de Serra dos Bois ao sítio Gravatá Mó é para mim, guardada as devidas proporções, uma espécie do caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Saiamos bem cedo de Serra dos Bois, entravamos pela estrada da Barra de São Miguel; passávamos pela fazenda de seu Agnelo Pedrosa; Abílio Pedrosa; até a estrada que ia em direção à Cachoeira, local da fazenda de seu Ismael Maon. Lá, por volta de meio dia, éramos recebidos na casa de Neném de Jota. Comia-se um bom feijão e, à tarde, depois de quebrar o sol, seguíamos em direção à vila de São Domingos. Atravessávamos o Rio Paraíba e pernoitávamos na casa de seu Ananias Marcos, sogro de Aleixo Joaquim.
Quando amanhecia o dia nos dirigíamos ao sítio Gravatá Mó. Chegava-se lá por volta de nove horas. O belo desse sítio é o povo. Todos são maravilhosos. A família Costa, Antonio Mateus, tio Laurindo, Nazinha e Nestor Farias.
No sítio Gravata Mó, fica também nossa origem, a lembrança de nossos ancestrais e o Roçado do Couro, da Pedra do Couro.Só sinto uma pequena mágoa: Hermes nunca levou meu padrinho Geraldo Francisco Barbosa ao outro
gravatá.
Por:Atonio Martins