De Pedra
Preta, há muitos anos, podíamos relacionar todos seus moradores. Como o
propósito não é fazer o censo demográfico deste lugar tão bom em todos os
aspectos podemos citar alguns ou boa parte sem, no entanto, pecar pelo
esquecimento.
Ao que nos
consta, Pedra Preta foi povoada pela família Marcos, pois só temos dados
transmitidos de forma oral, pelos nossos acendrais, desta família: João Marcos
e seu Antônio Marcos; além da família Zacarias; que de certo modo parece
pertencer ao mesmo berço ou tronco.
Passando ou
visitando Pedra Preta o destino nos leva a passar pelas casas de seu Zuza
Valério, nosso barbeiro, dos tempos de infância; Bezerra; a família de seu
Amaro Antônio; Zé e Biu Ninin; seu Elias Marcos e Zé Manoel. Em seguida, chega-se
à casa de João Agostinho; à casa de seu Zé Soares, outro barbeiro; Uma casa de
seu Zé Antônio completa a paisagem. Um pouco a frente nos deparava com a casa
de João Rodrigues.
Não obstante pouco afastada da estrada encontra-se a casa
de seu Jota Marcos, homem de muito valor; um grande pai de família e cidadão
dos mias respeitados. Assim como a casa de seu Paizinho e de Otacílio.
A casa de Céu,
ou de seu Antônio Marcos, um dos patriarcas de Pedra Preta de outros tempos, era
especial, pois a casa de farinha completava a história. Seguindo a estrada encontramos
a casa de seu Zé Antônio. Também seu Beja e seu Januário construíram suas
famílias ali à beira da estrada. Termina ou divide Pedra Preta com o Jerimum
existe a casa de seu Chico Quinta.
Quase nas
Areias, já na divisa com Serra dos Bois, construiu Zezé João a sua morada
transitória, pois a final a Deus pertence. E seu João Figueira foi morador de
Pedra Preta, não podendo ser esquecido. Artur Baixinho também é contemporâneo
de nossos dias.
Pedra Preta
foi conhecida pelo seu povo pacifico e hospitaleiro e muito forrozeiro. Um povo
que prima pelo trabalho honesto e criativo. É em Pedra Preta que encontramos os
pedreiros; carpinteiros. Toda manhã e a noite, via-se o trabalhador, o pai de
família indo e voltando das fazendas de Severino Arruda ou da de Sinésio Cavalcanti,
formando uma carreira de homem que parecia uma procissão diária. Era um indo e
vindo como formigueiro de gente à procura de seu sustento com o trabalho suado
e honesto.
Assim, foi em
Pedra Preta que conhecemos um homem valente. Ele se dizia cearense. Chegou já
assustando. Casou-se com a moça mais bonita. Acabou forró, novena e até missa.
Todo mundo correu com medo dele. Era um terror. Acontece que numa vaquejada em
Santa Cruz do Capibaribe, por acidente de percurso, o jipe que levava alguém
para Serra dos Bois, antes à Zona. Na Zona ou Cabaré percebeu-se que uma mulher
caiu do cavalo. Como só existia o jipe de Biu de Tarrei, naquele instante, foi
ele convidado a levar a mulher para Dr. Alexandre engessar. Enquanto
esperávamos avistava-se um homem apanhando das mulheres. Percebeu-se que tal
homem era o mesmo valente de Pedra Preta. Que sina? Tão valente e tão manso
para com as mulheres. Daí a dita popular que não existe homem valente para uma
mulher carinhosa. E assim as lembranças de Pedra Preta de outros tempos ainda
não foram esquecidas. Até porque o futuro já terá um Vereador, Eraldo de Pedra
Preta.
Antonio
Martins de Farias
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