quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Lembranças de Pedra Preta.








De Pedra Preta, há muitos anos, podíamos relacionar todos seus moradores. Como o propósito não é fazer o censo demográfico deste lugar tão bom em todos os aspectos podemos citar alguns ou boa parte sem, no entanto, pecar pelo esquecimento.
Ao que nos consta, Pedra Preta foi povoada pela família Marcos, pois só temos dados transmitidos de forma oral, pelos nossos acendrais, desta família: João Marcos e seu Antônio Marcos; além da família Zacarias; que de certo modo parece pertencer ao mesmo berço ou tronco.
Passando ou visitando Pedra Preta o destino nos leva a passar pelas casas de seu Zuza Valério, nosso barbeiro, dos tempos de infância; Bezerra; a família de seu Amaro Antônio; Zé e Biu Ninin; seu Elias Marcos e Zé Manoel. Em seguida, chega-se à casa de João Agostinho; à casa de seu Zé Soares, outro barbeiro; Uma casa de seu Zé Antônio completa a paisagem. Um pouco a frente nos deparava com a casa de João Rodrigues.
Não obstante  pouco afastada da estrada encontra-se a casa de seu Jota Marcos, homem de muito valor; um grande pai de família e cidadão dos mias respeitados. Assim como a casa de seu Paizinho e de Otacílio.
A casa de Céu, ou de seu Antônio Marcos, um dos patriarcas de Pedra Preta de outros tempos, era especial, pois a casa de farinha completava a história. Seguindo a estrada encontramos a casa de seu Zé Antônio. Também seu Beja e seu Januário construíram suas famílias ali à beira da estrada. Termina ou divide Pedra Preta com o Jerimum existe a casa de seu Chico Quinta.
Quase nas Areias, já na divisa com Serra dos Bois, construiu Zezé João a sua morada transitória, pois a final a Deus pertence. E seu João Figueira foi morador de Pedra Preta, não podendo ser esquecido. Artur Baixinho também é contemporâneo de nossos dias.
Pedra Preta foi conhecida pelo seu povo pacifico e hospitaleiro e muito forrozeiro. Um povo que prima pelo trabalho honesto e criativo. É em Pedra Preta que encontramos os pedreiros; carpinteiros. Toda manhã e a noite, via-se o trabalhador, o pai de família indo e voltando das fazendas de Severino Arruda ou da de Sinésio Cavalcanti, formando uma carreira de homem que parecia uma procissão diária. Era um indo e vindo como formigueiro de gente à procura de seu sustento com o trabalho suado e honesto.
Assim, foi em Pedra Preta que conhecemos um homem valente. Ele se dizia cearense. Chegou já assustando. Casou-se com a moça mais bonita. Acabou forró, novena e até missa. Todo mundo correu com medo dele. Era um terror. Acontece que numa vaquejada em Santa Cruz do Capibaribe, por acidente de percurso, o jipe que levava alguém para Serra dos Bois, antes à Zona. Na Zona ou Cabaré percebeu-se que uma mulher caiu do cavalo. Como só existia o jipe de Biu de Tarrei, naquele instante, foi ele convidado a levar a mulher para Dr. Alexandre engessar. Enquanto esperávamos avistava-se um homem apanhando das mulheres. Percebeu-se que tal homem era o mesmo valente de Pedra Preta. Que sina? Tão valente e tão manso para com as mulheres. Daí a dita popular que não existe homem valente para uma mulher carinhosa. E assim as lembranças de Pedra Preta de outros tempos ainda não foram esquecidas. Até porque o futuro já terá um Vereador, Eraldo de Pedra Preta.

Antonio Martins de Farias

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