quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Serra dos Bois

Ludugero da Cunha Porto, o patriarca de Serra dos Bois, teve muitos parentes que contribuíram para a formação deste sítio tão acolhedor, como Serra dos Bois. Como exemplo teve a presença de Joaquim Lino, que deixou muitos descendentes, entre estes: Manoel Joaquim, que foi casado com Maria, filha de Aleixo Chico. Manoel e Maria formavam um casal maravilhoso. Casaram-se e moraram por toda vida em Serra dos Bois. Eles tiveram um filho José Joaquim, que reside em Gravatá do Ibiapina. Aleixo Joaquim, que se casou com D Maria. Ela nascida no sítio Carro Quebrado, vizinho de São Domingos do Cariri e de Curralinhos, terra de Santa Quitéria, no município de São João do Cariri, filha de seu Ananias Marcos e D Maria. Seu Ananias Marcos foi um grande vaqueiro e tinha fama de saber fazer umas rezas fortes que encantava boi bravo e amarrava ladrão pelo rastro ou pegadas.
Aleixo se casou na década de 50 e teve os seguintes filhos: Joaquim, nosso padre, Raquel, Zé de Castro, Zé Pequeno, Maria e Raimunda.
Aleixo Joaquim era um vaqueiro de muita grandeza e amigo de todos. Uma de suas muitas virtudes era ser honesto e padrinho de quase todos de Serra dos Bois. Além de gostar de café, sem açúcar e fumar um bom cigarro de palha.
Teve também João Joaquim, que morreu solteiro, não deixando herdeiros, mas sua história é uma das mais lindas que um ser humano pode ter. Ele era um sujeito honesto e muito servidor. Não dizia “não”; gostava de fumar e tomar café assim como seu irmão foi um bom vaqueiro; embora nunca namorasse. Josefa ou Zefinha, Bibiana e Sancha completaram a família de Joaquim Lino. Zefinha se casou com Ricardo, Bibiana morreu solteira e Sancha foi casada com Pedro Lino. Sancha e Pedro Lino formaram também uma historia muito bonita. Eles tiveram uma filha, a qual morreu ainda jovem. Pedro Lino e Sancha eram parentes e Sancha foi sua segunda esposa. Com sua primeira esposa Pedro Lino teve dois filhos: Maria Clara, que se casou com Antônio de Sinésio e teve os seguintes filhos: Gorete, Luzinete, Pedro, Reginaldo e Ivonete. Reginaldo era surdo mudo e foi criado em Serra dos Bois. Além de Maria Clara Pedro Lino teve um filho chamado José, que como a maioria dos nordestinos, se perdeu no Rio de Janeiro.
Teve Serra dos Bois outro morador ilustre Aleixo da Cunha Porto, este irmão de Ludugero da Cunha Porto. Ele construiu a casa onde, hoje, se conhece como a casa de Arnóbio. Aleixo da Cunha Porto parece que só teve filhas; as que lembramos: Josefa, ou Zefinha foi casada com José Genuíno, de Gravatá do Ibiapina, e teve como filho nosso saudoso Arnóbio, Maria Alacoque e outra filha cujo nome era Maria também e, se não estamos enganados, foi casada com um filho de Aleixo Chico e Esmera. Este casal fixou residência em Recife e deixou descendentes. Josefina, que morreu solteira, em Serra dos Bois e Maria Porto; esta uma discípula de professora Mestra, que foi responsável pela educação dos filhos de Ludugero da Cunha Porto e seus parentes. Maria Porto também não se casou e morava em Gravatá do Ibiapina. Outros personagens importantes, que infelizmente não dispomos de dados sobre eles; como Maximiano Porto, sogro de José de tio Manoel Ludugero e Tinuto. De Tinuto não sabemos absolutamente nada sobre ele. Além destes tivemos uma pessoa muito importante que foi o escravo Zé Maria. Este morava perto do roçado de Aleixo Joaquim, no caminho da casa de Arnóbio. Segundo informações este escravo era um criador de cobras e chegado às mandingas. Tanto que até, hoje, naquele corredor andam muitas almas à noite; especialmente noites de lua cheia. O colaborador deste Blog deu muita carreira lá no corredor de Aleixo Joaquim com medo das almas.


Antônio Martins de Farias

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