Imagem meramente ilustrativa
Em Serra dos Bois todos são parentes, somos uma única família. Os nomes, às vezes nos passa uma impressão que tem pessoas diferentes convivendo conosco. Não tem. É o caso de Otávio Ramos, que era filho de seu Zé Ramos e de dona Joana Xavier da Cunha. Seu Zé Ramos e dona Joana deixaram uma família enorme em Serra dos Bois. Desde logo, informamos que será impossível lembrar-se de todos. Lembramo-nos de Olga, que foi casada com Chico Aleixo, Odete que se casou com Miguel Aleixo. Odila e Oscarina.
Seu Zé Ramos ficou viúvo e obteve segundas núpcias com dona Lulu. Desta relação nasceram Osvaldo, Manoel e Ana. Osvaldo já é falecido; Manoel e Ana são casados e moram por perto.
Tivemos também o convívio com Nô de Zé Ramos, como era conhecido. Nô tinha uma bodega e de vez em quando nos vendia açúcar fiado. Fui muitas vezes à sua residência compra açúcar e sabão. Os preços eram muito elevados, mas tínhamos crédito e isso é muito importante. Nô era casado com uma filha de seu João Figueira, do sítio Pedra Preta e teve muitos filhos.
A família de seu Zé Ramos era oriunda de Gravatá do Ibiapina, pois dona Mariquinha era sua parenta muito próxima. Os mais antigos moradores de Serra dos Bois tiveram a alegria de conviver inclusive com os pais de seu Zé Ramos; como mais jovem só me lembro de Otávio Ramos. Otávio parece que saiu ainda jovem de Serra dos Bois e foi morar em algum lugar especial, pois adquiriu conhecimentos especiais. É que ele sabia receitar remédios para curar diversas doenças. Suas qualidades medicinais salvaram muitas crianças da morte prematura. Gostava de roçado grande e foi ou ainda é um grande produtor de algodão. Gostava de vaquejada e de gado; bom sinal de nordestino.
Manoel é um poeta. Tive pouca convivência com ele, mas tenho profundo respeito por ele e todos de Serra dos Bois. Falar e lembrar-se da família de seu Zé Ramos é contar a história de Serra dos Bois. E nesta tarefa, acho que faltam poucas pessoas a ser lembradas, mas prometo que não descansarei enquanto não contar com todas. Falta uma figura que sempre me faz perguntar: quem era “Tinuto”? Sabe-se, apenas que foi dono da casa de Aleixo Joaquim. Vamos descobrir a vida dele?
Antonio Martins de Farias
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