segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Família Ramos

Imagem meramente ilustrativa 
       
           Em Serra dos Bois todos são parentes, somos uma única família. Os nomes, às vezes nos passa uma impressão que tem pessoas diferentes convivendo conosco. Não tem. É o caso de Otávio Ramos, que era filho de seu Zé Ramos e de dona Joana Xavier da Cunha. Seu Zé Ramos e dona Joana deixaram uma família enorme em Serra dos Bois. Desde logo, informamos que será impossível lembrar-se de todos. Lembramo-nos de Olga, que foi casada com Chico Aleixo, Odete que se casou com Miguel Aleixo. Odila e Oscarina.
 Seu Zé Ramos ficou viúvo e obteve segundas núpcias com dona Lulu. Desta relação nasceram Osvaldo, Manoel e Ana. Osvaldo já é falecido; Manoel e Ana são casados e moram por perto.
Tivemos também o convívio com Nô de Zé Ramos, como era conhecido. Nô tinha uma bodega e de vez em quando nos vendia açúcar fiado. Fui muitas vezes à sua residência compra açúcar e sabão. Os preços eram muito elevados, mas tínhamos crédito e isso é muito importante. Nô era casado com uma filha de seu João Figueira, do sítio Pedra Preta e teve muitos filhos.
      A família de seu Zé Ramos era oriunda de Gravatá do Ibiapina, pois dona Mariquinha era sua parenta muito próxima. Os mais antigos moradores de Serra dos Bois tiveram a alegria de conviver inclusive com os pais de seu Zé Ramos; como mais jovem só me lembro de Otávio Ramos. Otávio parece que saiu ainda jovem de Serra dos Bois e foi morar em algum lugar especial, pois adquiriu conhecimentos especiais. É que ele sabia receitar remédios para curar diversas doenças. Suas qualidades medicinais salvaram muitas crianças da morte prematura.  Gostava de roçado grande e foi ou ainda é um grande produtor de algodão. Gostava de vaquejada e de gado; bom sinal de nordestino.
        Manoel é um poeta. Tive pouca convivência com ele, mas tenho profundo respeito por ele e todos de Serra dos Bois. Falar e lembrar-se da família de seu Zé Ramos é contar a história de Serra dos Bois.  E nesta tarefa, acho que faltam poucas pessoas a ser lembradas, mas prometo que não descansarei enquanto não contar com todas. Falta uma figura que sempre me faz perguntar: quem era “Tinuto”? Sabe-se, apenas que foi dono da casa de Aleixo Joaquim. Vamos descobrir a vida dele?

Antonio Martins de Farias

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