Tio Nestor ao lado do amigo Geraldinho
É necessário
lembrar que todo o conteúdo deste texto é de natureza oral e cognitiva, ou
seja, são fatos lembrados e vividos na primeira edição da vida do autor; e
entre a quarta e a sexta edição do homenageado. É que Nestor Borges da Costa,
hoje, vivendo na casa dos seus noventa anos deixou muitas lembranças e exemplos
de vida que valem a pena ser narrados como legado para a juventude.
Nestor Borges
da Costa é filho de João Borges da Costa e de dona Joana. Tio Nestor foi nascido
e criado no sítio Barrocas, município de Barra de São Miguel, PB
No Sítio
Barrocas, Nestor cresceu, dançou forró e namorou muito. Quando se casou com
Lieta Maria de Farias, com quem teve os seguintes filhos: Antonio Nestor da
Costa, Graciete Borges da Costa, Amaro Borges da Costa, Gení Borges da Costa e Aluísio
Borges da Costa. Dos filhos de tio Nestor, apenas Amaro já se encontra na
morada definitiva. Não teve a sorte de conviver com seu pai, nas Barrocas, que
tanto amou e tanto gostava. Amaro nunca se esquecia das Barrocas; e só
descansou quando para ela voltou.
Tio Nestor
quando se casou foi ser vaqueiro de um fazendeiro, cujo nome era Mario, no município de Vertentes; o lugar se chama Barreira
Vermelha. Lá nasceu seu primogênito Antonio Nestor da Costa, que teve como
padrinho o jovem paquerador Jorge. Jorge era um romântico, gostava de andar
sempre de forma impecável; montava um cavalo branco, parecendo mesmo ser o de
São Jorge.
Em seguida tio
Nestor foi ser vaqueiro, na fazenda Riachão, de Abílio Pedrosa. Lá nasceram:
Graciete, Amaro, Gení e Aluísio. Ainda na década de 60 mudou-se para as
Barrocas, onde fixou residência por longos anos. Infelizmente, sua primeira
esposa, tia Lieta, faleceu deixando-nos com eternas saudades. Novamente tio
Nestor se casou com dona Neves, cuja família morava na cidade de Barra de São
Miguel, PB, passando bons anos em seu torrão, mas por necessidades foi morar na
cidade da Barra, onde vive até a presente data.
Nestor Borges
da Costa, na juventude, era um grande trabalhador; um grande vaqueiro e exímio dançador
de forró e de quadrilha. E tinha como característica principal um fazer amigos.
A casa era repleta de gente felicidade, que até o presente momento nos leva à nostalgia.
Foi um pai
honroso e muito cuidadoso. Tinha verdadeira paixão pelo que fazia. Adorava um
forró ou uma festa fosse ela aonde fosse, embora a vaquejada fosse a sua preferência.
Quando de seu
retorno às Barrocas, seu filho Aluísio, o caçula, ainda era muito pequeno. O
autor desta, também menino, presenciou e ouviu o seguinte diálogo entre tio
Nestor e o caçula. Perguntava tio Nestor:
- Aluísio é bonito?
Respondia
Aluísio:
- Sim, sou,
Papai!
Respondia tio
Nestor:
-Que nem o
bumbum do cabrito!
Aluísio,
manhoso, chorava. Não há como escrever tudo o que tio Nestor representa para
nós, mas uma certeza temos: tio Nestor é um exemplo para ser seguido. E eu o
sigo e seguirei, para sempre. Tio Nestor é meu segundo pai.
Por: Antonio
Martins de Farias
Geraldinho, obrigado pela bela foto que você tirou de tio Nestor. É uma foto muito bonita. Gostaria de saber se alguém, em Serra dos Bois tem uma de tio Zé Ananias, pois a que consta no Blog, quase não vemos ele. E Zé Ananias merece uma foto bem bonita, como a de tio Nestor.
ResponderExcluirNuma sexta-feira daquelas, tio Nestor chegava com sua esposa, à feira de Gravatá do Ibiapina. Na mesma ocasião, Adelson de Joaninha Marreiros, do Bandeira, entrava na vila para assistir à missa, porém, antes, resolveu trocar um sapato velho por outro mais velho ainda. Até aí tudo estava dentro da normalidade. Não obstante, resolve o nosso Adelson, por na cintura, um revolver. Só que ele estava em frente à Delegacia de Polícia e o cabo Dionísio deu-lhe voz de prisão e tomou tio Nestor como testemunha. Foi a única vez que tio Nestor entrou numa delegacia.
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