segunda-feira, 1 de julho de 2013

TIO NESTOR BORGES


Tio Nestor ao lado do amigo Geraldinho

É necessário lembrar que todo o conteúdo deste texto é de natureza oral e cognitiva, ou seja, são fatos lembrados e vividos na primeira edição da vida do autor; e entre a quarta e a sexta edição do homenageado. É que Nestor Borges da Costa, hoje, vivendo na casa dos seus noventa anos deixou muitas lembranças e exemplos de vida que valem a pena ser narrados como legado para a juventude.
Nestor Borges da Costa é filho de João Borges da Costa e de dona Joana. Tio Nestor foi nascido e criado no sítio Barrocas, município de Barra de São Miguel, PB
No Sítio Barrocas, Nestor cresceu, dançou forró e namorou muito. Quando se casou com Lieta Maria de Farias, com quem teve os seguintes filhos: Antonio Nestor da Costa, Graciete Borges da Costa, Amaro Borges da Costa, Gení Borges da Costa e Aluísio Borges da Costa. Dos filhos de tio Nestor, apenas Amaro já se encontra na morada definitiva. Não teve a sorte de conviver com seu pai, nas Barrocas, que tanto amou e tanto gostava. Amaro nunca se esquecia das Barrocas; e só descansou quando para ela voltou.
Tio Nestor quando se casou foi ser vaqueiro de um fazendeiro, cujo nome era Mario,  no município de Vertentes; o lugar se chama Barreira Vermelha. Lá nasceu seu primogênito Antonio Nestor da Costa, que teve como padrinho o jovem paquerador Jorge. Jorge era um romântico, gostava de andar sempre de forma impecável; montava um cavalo branco, parecendo mesmo ser o de São Jorge.
Em seguida tio Nestor foi ser vaqueiro, na fazenda Riachão, de Abílio Pedrosa. Lá nasceram: Graciete, Amaro, Gení e Aluísio. Ainda na década de 60 mudou-se para as Barrocas, onde fixou residência por longos anos. Infelizmente, sua primeira esposa, tia Lieta, faleceu deixando-nos com eternas saudades. Novamente tio Nestor se casou com dona Neves, cuja família morava na cidade de Barra de São Miguel, PB, passando bons anos em seu torrão, mas por necessidades foi morar na cidade da Barra, onde vive até a presente data.
Nestor Borges da Costa, na juventude, era um grande trabalhador; um grande vaqueiro e exímio dançador de forró e de quadrilha. E tinha como característica principal um fazer amigos. A casa era repleta de gente felicidade, que até o presente momento nos  leva à nostalgia.
Foi um pai honroso e muito cuidadoso. Tinha verdadeira paixão pelo que fazia. Adorava um forró ou uma festa fosse ela aonde fosse, embora a vaquejada fosse a sua  preferência.
Quando de seu retorno às Barrocas, seu filho Aluísio, o caçula, ainda era muito pequeno. O autor desta, também menino, presenciou e ouviu o seguinte diálogo entre tio Nestor e o caçula. Perguntava tio Nestor:
 - Aluísio é bonito?
Respondia Aluísio:
- Sim, sou, Papai!
Respondia tio Nestor:
-Que nem o bumbum do cabrito!
Aluísio, manhoso, chorava. Não há como escrever tudo o que tio Nestor representa para nós, mas uma certeza temos: tio Nestor é um exemplo para ser seguido. E eu o sigo e seguirei, para sempre. Tio Nestor é meu segundo pai.

Por: Antonio Martins de Farias


2 comentários:

  1. Geraldinho, obrigado pela bela foto que você tirou de tio Nestor. É uma foto muito bonita. Gostaria de saber se alguém, em Serra dos Bois tem uma de tio Zé Ananias, pois a que consta no Blog, quase não vemos ele. E Zé Ananias merece uma foto bem bonita, como a de tio Nestor.

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  2. Numa sexta-feira daquelas, tio Nestor chegava com sua esposa, à feira de Gravatá do Ibiapina. Na mesma ocasião, Adelson de Joaninha Marreiros, do Bandeira, entrava na vila para assistir à missa, porém, antes, resolveu trocar um sapato velho por outro mais velho ainda. Até aí tudo estava dentro da normalidade. Não obstante, resolve o nosso Adelson, por na cintura, um revolver. Só que ele estava em frente à Delegacia de Polícia e o cabo Dionísio deu-lhe voz de prisão e tomou tio Nestor como testemunha. Foi a única vez que tio Nestor entrou numa delegacia.

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