terça-feira, 30 de abril de 2013

Inesquecível tia Lili



                         



                       

Em pé, um dos netos, e os filhos Francisco, Duda, Etelvina, maria Cristina e Adolfo 
Sentados, a nora Luzia, tia Lili ao centro e o genrro Givaldo


Tia Lili, ou Maria Aragão da Cunha, nasceu em 16/10/1915 e faleceu em 03/03/2013. Filha de Aleixo da Cunha Porto, nosso Pai Aleixo e Esmeraldina Maria Aragão, Mãe Mera.
 Tia Lili nasceu e foi criada em Serra dos Bois. Casou-se com Abdias Ludugero da Cunha, filho de Ludugero Aleixo da Cunha Porto e Maria Zita. Tio Abdias, era o caçula da família.
No início da vida em comum Abidias e Lili sofreram muitos percalços, devido à seca e às condições difíceis do nosso torrão. Mesmo assim, o casal teve os seguintes filhos: Esmeraldina, José, (Duda) Francisco, Etelvina, Maria, Aleixo, Idelfonso, Adolfo e Joaquim.
Quando jovens o casal gostava de dançar forró. Tia Lili nos contava que quando anoitecia dava a ceia aos meninos, leva-os para dormir e em seguida ela e o marido iam para o forró, fosse onde fosse a festa. Dançavam a noite toda e voltavam para casa, tomavam o café e iam para o roçado trabalhar, porém um dia uma de suas filhas lhe chamou a atenção dizendo:
- Mãe, a gente sabe que a senhora e papai nos deixam sozinhos e vão para o forró. A gente também quer ir.
Desse dia em diante, nunca mais eles foram ao forró sem a companhia dos filhos. Assim, se ficássemos aqui lembrando todas as boas estórias de tia Lili e de tio Abidias nunca mais pararíamos de escrever. Este casal foi muito importante para nossas vidas e para Serra dos Bois.
Serra dos Bois, com o passar do tempo fica mais pobre, pois perde pessoas como tia Lili. Ficamos órfãos, porque tia Lili não era a mãe só de Joaquim, de Francisco de Etelvina, de Duda, de Aleixo, de Adolfo de Maria, de Idelfonso e de Joaquim. Ela era mãe de todos os que nasceram e se criaram em Serra dos Bois de nossa geração. Ela viveu sempre com um sorriso gostoso e uma alegria imensurável de lutar. É a lembrança de uma pessoa alegre, companheira e amiga que tia Lili nos deixa como legado.
 Algumas vezes tia Lili e tio Abdias visitaram a cidade do Rio de Janeiro, onde eram bem acolhidos pelos seus filhos: Joaquim, Etelvina, Francisco, os sobrinhos, sua irmã tia Mercês e seu cunhado Antonio Ananias de Farias.

A família carioca foi crescendo e surgiram os netos: Fernando, Marcelo e Fred; depois os bisnetos: Brenda e Ana Bela, filhas de Marcelo e Pedro, esse filho de Fernando, todos descendentes de seu Miguel Severino, pessoa muito amada que também deixa muita saudade, um vazio para o povo do sitio Bandeira, município de Barra de São Miguel, e, também de Taquaritinga do Norte. Ocorre que sítio Bandeira uma parte pertence à Paraíba e outra a Pernambuco.

Quando chegava ao Rio de Janeiro tia Lili ficava encantada com os netos e os bisnetos, mas nunca deixava de pedir ao seu filho, Joaquim, que a levasse de volta à Serra dos Bois. Dizia ela:
- meu filho, preciso voltar à minha terra para cuidar de Maria – muita gente me espera lá. Sinto muita saudade de vocês, mas só posso morrer em Serra dos Bois.
Assim, durante anos nos acostumamos com a presença de tia Lili, no Rio de Janeiro, em Serra dos Bois e Caruaru, onde moram seus filhos Duda e Etelvina, porém como ela queria, seus últimos dias foram vividos em Serra dos Bois, entretanto, no dia três de março de 2013, ela foi sepultada em Gravatá do Ibiapina, ficando sobre os cuidados e a proteção de Nossa Senhora da Conceição, de quem tia Lili era muito devota.

Por: Antonio Martins de Farias

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Parceria em benefício do homem do campo



No último sábado a comunidade de Serra dos Bois recebeu o primeiro caminhão de cana-de-açúcar para ração animal. Esta ação é uma parceria do Governo Estadual e a Prefeitura do município através da Secretaria de Agricultura, que vem fazendo o possível para amenizar o sofrimento dos criadores do cariri taquaritinguense diante da maior estiagem dos últimos cinquenta anos.
O secretário de agricultura do município Júlio César Pontes, tem se esforçado ao máximo para que essas ações cheguem com maior rapidez ao homem do campo. E a associação faz a sua parte agilizando a documentação e enviando com antecedência, uma parceria que dá resultados positivos.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Projeto Mais cultura, cine AASB







            Com o intuito de levar cultura e entretenimento  ao  nosso povo, a Associação de agricultores de Serra dos Bois levou  cinema gratuito para a comunidade,  o cine AASB, é parte do projeto mais cultura implantado pela Associação que visa  através do cinema, levar conhecimentos cultuais e ao mesmo tempo a valorização desse seguimento. O cine AASB,  foi um sucesso  de publico tanto local quanto das comunidades vizinhas  e  acontecerá  mensalmente na cede  da Associação,  essa é uma  iniciativa Louvável  e digna de aplausos, com certeza servirá de exemplo para  outras comunidades e para o poder publico que só agora, começa a desenvolver projetos culturais. Saímos na frente e esperamos  que essa iniciativa receba apoio do poder publico, declarou Geraldinho, presidente da associação.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ludugero França



Escrever sobre uma pessoa com a qual não se teve quase nenhum contato é muito complicado, difícil e até impossível. Acontece que há muitos dias venho pensando em Ludugero França; como sabemos é filho de seu Amaro França e de nossa saudosa tia Francisca ou tia Neném. Tendo como irmãos: Luiz França, Maria França, Doralice, Zé França, Zita, Ana e João, que infelizmente, assim como Luiz França não se encontram mais conosco.
Não tive muito contato com Ludugero, pois ele é da geração de meu pai e quando pequeno, Ludugero só vivia longe de Serra dos Bois trabalhando, uma de suas marcas mais importantes.
Teve Serra dos Bois o privilégio de ser um lugar que abriga só pessoas de boa índole e de bom caráter. Grupo de pessoas que Ludugero não poderia fica de fora, pois ele sempre teve como lema o trabalho e a constituição de uma família maravilhosa. Ele, ainda jovem conheceu sua esposa, Maria, filha de seu Lino e de Olívia. Família cheia de alegria a qual enche Gravatá do Ibiapina de orgulho.
Logo que se casaram Maria e Ludugero moraram por algum tempo na vila de Gravatá do Ibiapina, porém com Eva e Everaldo, bem pequenos ainda, esse casal cheio de virtudes foi morar em Serra dos bois, onde até hoje forma sua morada.
Ludugero e Maria tiveram além de Eva e Everaldo citados acima  outros filhos: Dedé, Eugênio, Francisca, Eraldo e Evaldo. Hoje, com exceção de Everaldo  parece que todos seus filhos se encontram casados. E Ludugero e Maria continuam levando uma vida maravilhosa em Serra dos Bois.
Ludugero foi um revolucionário, pois sempre trazia para Serra dos Bois coisas novas. Foi através dele que Luiz França trouxe para Serra dos Bois o cultivador, máquina que servia para limpara mato. Se não fosse Ludugero, que trabalhando para Amauri Genuíno, do Gravatá de Ibiapina e para Leó, dono da fazenda Urubu, todos nós ainda, hoje, estávamos limpando mato com uma enxada, enxada daquelas que  só seu Biu Quinca sabia encabar, ou melhor, por um cabo. Cuja madeira que servia para encabar enxada nascia em seu roçado.
Desde pequeno, sempre gostei de ouvir Ludugero França. Ele tem uma conversa extraordinária, gosta de fazer amizade e contagia as pessoas com sua honestidade sinceridade. Nunca vimos Ludugero formar uma briga com alguém. Ludugero, portanto, é um patrimônio de Serra dos Bois e todos nós devemos a ele muita gratidão e respeito.
Meu sonho é gravar um depoimento de Ludugero França contando sua vida, para servir de exemplo para todos nós. Cercado de emoção e carinho não me resta dúvida que esta é uma homenagem que posso fazer ao meu amigo Ludugero e, com certeza, muita gente terá, como eu a mesma vontade de dizer: “Ludugero, você é muito importante para Serra dos Bois e para nossa família”

Por: Antônio Martins de Farias